Na abertura dos trabalhos na Câmara Municipal de Fortaleza, nesta terça-feira (01/02), profissionais da educação de Fortaleza protestaram no momento em que o prefeito fazia a prestação de contas do seu primeiro ano de Governo e falava da mensagem de reajuste salarial da categoria e da realização de concurso público.
Na segunda-feira (31/01) foi deliberado o inicio da paralisação daqueles profissionais. Com isso, o ano letivo em Fortaleza não começava conforme previsto pela Secretaria de Educação.
Os mais de 2.500 trabalhadores que participaram do evento nas plataformas digitais decidiram não iniciar, neste momento, a greve anteriormente prevista, tendo em vista a conquista do reajuste de 33,23% para o magistério.
O aumento foi confirmado dia (27/01) pela Prefeitura de Fortaleza, após forte pressão da classe, que contou com intensa mobilização e campanha publicitária na TV e nas redes sociais.
“A nossa pressão fez com que o município de Fortaleza fosse a primeira capital a anunciar que vai cumprir a Lei do Piso. A gente considera muito importante, nós que conquistamos a Lei do Piso e o aumento de investimentos do Fundeb, que pela primeira vez tem um crescimento real”, destacou Ana Cristina Guilherme, presidenta do Sindiute.
O objetivo das paralisações é continuar a pressionar a gestão José Sarto (PDT) para que abra negociação com o sindicato e atenda toda a pauta de reivindicações da categoria que inclui:
- Concurso público para todos os cargos da educação;
- Subvinculação e rateio do precatório de 2015 do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef);
- Abono para a contribuição previdenciária de 14% dos aposentados.
De acordo com a presidenta do Sindiute, é preciso garantir a continuidade do movimento e a negociação com a gestão. “Fortaleza tem mais de 40% de sua rede formada por professores substitutos, é preciso urgentemente o concurso, assim como precisamos garantir a sobrevivência dos aposentados com o abono da taxa de aposentadoria”, destacou a presidenta do sindicato.
Além disso, na avaliação da entidade, não dividir, pelo menos 60% dos recursos do precatório de 2015 entre os professores, é calote. “É paralisação para vencer os retrocessos que estão nos atingido e juntos somos mais fortes”, concluiu Ana Cristina.
Com informações do Sindiute.