Romeu Aldigueri acredita que o brasileiro votará pela mudança no que diz respeito à Presidência da República. Foto: ALECE.

Preocupados com o momento político brasileiro em ano eleitoral, deputados da Assembleia Legislativa do Ceará se pronunciaram, na manhã desta quinta-feira (17), em sessão ordinária híbrida, destacando a necessidade de mudanças de algumas atitudes durante o exercício do voto.

De acordo com eles, provavelmente 2022 será o ano mais importante desde a redemocratização. “O Brasil vai escolher qual a identidade de seu povo”, disse Romeu Aldigueri (PDT).

Aldigueri lembrou que os trabalhos das casas legislativas começaram há poucos dias, mas com o diferencial de um ano eleitoral, que segundo ele será de decisões que vão além da escolha de nomes para ocupar cargos públicos. “Nossas escolhas terão mais impacto em nomes de governadores, do presidente, e integrantes dos parlamentos estaduais e federais. O Brasil vai escolher qual a identidade tem seu povo, com quem cada um de nós se parece”.

Segundo o pedetista, o brasileiro dirá, por meio do voto, se aprova ou não o Governo atual, se ele “se dedica unicamente a um projeto de poder, ou medo da Justiça, disseminação da negação, ao apreço pelas armas, desprezo pelas vidas, desrespeito às minorias. A forma espúria que trata o servidor público, um Governo que não só desrespeita, mas que ameaça o frágil equilíbrio fiscal e evita o diálogo”.

“Eu pergunto se o brasileiro que está indo ao trabalho, que empreende fazendo bolos, que busca empregos se parece com isso. Tem no seu rosto a imagem pelo desprezo da vacina, apreciadores de armas, antidemocráticos. Tenho certeza que não”, disse Aldigueri. De acordo com ele, “esse equívoco termina neste ano, com aprendizado que aventuras eleitoreiras não serão mais permitidas. Os brasileiros descobriram que ali não havia projetos”.

O deputado Heitor Férrer (SD) também tratou do tema, e lembrou da descrença da população na classe política. Para ele, não há como o povo se sentir representado quando as políticas públicas não chegam a quem mais precisa. “Somos um estado pobre, mas a propaganda é que somos o que mais investe. Por isso que 89% da população brasileira não acredita na nossa capacidade de melhorar suas vidas”, considerou.

O deputado ressaltou ainda os altos índices de violência no Estado. “Esse é o estado do fracasso. Quatro cidades cearenses estão entre as 10 mais violentas do País. Só no Ceará, em 2021, foram 3.500 assassinatos. Então me digam para onde estão indo esses investimentos? Enquanto isso, temos R$ 356 milhões enterrados nas ruínas do Acquario Ceará, na praia de Iracema”, relembrou.