Leonardo Araújo acredita que projeto contribuirá para inserir a juventude no cotidiano das políticas públicas discutidas no Parlamento. Foto: ALECE.

Está tramitando na Assembleia Legislativa do Ceará um projeto de Lei que autoriza as escolas públicas, integrantes do sistema estadual de educação, a incluir, no currículo escolar da rede estadual de ensino médio, conteúdo relativo ao Poder Legislativo.

De acordo com a proposta, além da disciplina, as unidades educacionais podem programar visitas, seminários, palestras, eventos e oficinas educacionais, em parceria com as casas legislativas da Capital e Interior, para a aproximação do estudante com o parlamento.

Segundo Leonardo Araújo, autor do projeto e presidente da Comissão de Juventude da Assembleia Legislativa, os jovens estão cada vez mais afastados do contexto eleitoral ou da política propriamente dita, fato atestado, segundo ele, com as eleições presidenciais de 2018, onde houve uma das maiores taxas de abstenção, desde a redemocratização.

“Tal fato é preocupante e gera, no legislador, o sentimento de reaproximar, principalmente, os mais jovens ao parlamento propriamente dito, onde as leis nascem e são votadas”, explicou.

Segundo o projeto, as escolas públicas, integrantes do sistema estadual de educação do Ceará, devem incluir, no currículo escolar da rede estadual de ensino médio, conteúdo relativo ao poder legislativo.  “Conhecer sobre a separação dos poderes, bem como o pleno funcionamento, cotidiano e organograma desses poderes é extremamente relevante para qualquer cidadão, por isso, propomos o presente projeto”, disse.

Ainda segundo o parlamentar, em justificativa, com o projeto pretende-se que os estudantes conheçam o dia a dia do Poder Legislativo, seu funcionamento e sua estruturação. “Através do contato com o Parlamento, o jovem conhecerá os mais variados partidos políticos, ideologias, e, principalmente, quem compõe as Casas Legislativas, desde servidores, até os Deputados legitimamente eleitos. Também, por consequência, com esta proposta, pretendemos aprimorar o senso de cidadania dos jovens, por estarem mais perto de tudo o que é discutido no legislativo, além de, por tabela, levar ao Parlamento os anseios populares que estes jovens trazem”.