O deputado disse não estar preocupado com as críticas que serão feitas contra ele ao querer proibir o Carnaval no Ceará. Foto: ALECE.

Membro da bancada evangélica na Assembleia Legislativa do Ceará, o deputado Apóstolo Luiz Henrique (PP) apesentou dois projetos de Lei que devem gerar discussões nas próximas semanas na Casa. O parlamentar quer proibir a realização das festas de Carnaval no próximo ano e também o uso comum de banheiros públicos por pessoas de sexos diferentes.

Sobre a primeira matéria, Henrique justifica que ainda estamos em um período de pandemia e que a realização de festas de Carnaval, que reuniriam milhares de pessoas em eventos abertos, poderiam contribuir para a proliferação da Covid-19 no Estado.

Ainda de acordo com ele, durante esses eventos, não há qualquer respeito ao distanciamento, visto que é momento de confraternização entre os foliões.

“Eu não estou ligando se vão achar ruim, e apesar de ser contra essas festividades em qualquer período, aconselho segurarmos as festividades até 2023, pois, ano que vem, conforme as previsões, ainda deveremos agir com prudência com relação à pandemia”, justificou.

Ele também quer proibir a instalação, adequação e uso comum de banheiros públicos por pessoas de sexo diferente em escolas, secretarias, agências, autarquias, fundações, institutos e demais repartições públicas e privadas de atendimento público no estado do Ceará.

A medida vem ao encontro de críticas feitas por vereadores conservadores da Câmara Municipal de Fortaleza que condenaram a instalação de placas nos Centros Urbanos de Cultura e Arte – os Cucas – contra a transfobia.

“É um absurdo que esse tipo de coisa ocorra. Não estão dialogando se a população aceita esse tipo de coisa, se a mulher vai aceitar dividir o mesmo banheiro público com um homem”, afirmou Luiz Henrique.

Vaja trecho do discurso do Apóstolo:

 

A deputada Silvana Oliveira (PL) corroborou com o parlamentar e disse que os banheiros devem ser utilizados pelas pessoas conforme o sexo biológico. “Nos chamam de homofóbicos por isso, mas queremos ver chamar assim toda a população que nos elegeu e que concorda conosco”, disse.