Senador Eduardo Girão (Podemos/CE). Foto: Agência Senado.

Em pronunciamento no Senado Federal, Eduardo Girão (Podemos/CE) reclamou da “escalada autoritária” por parte de alguns ministros do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal, destacando, como exemplo, as ações do ministro Alexandre de Moraes no inquérito das fake news, em que “ele mesmo investiga, faz a denúncia, julga e condena”.

O parlamentar disse que o remédio para esta situação é admitir um dos vários pedidos de impeachment contra ministros de tribunais superiores, que estão pendentes no Senado. Ou então, “como Pôncio Pilatos, lavar as mãos, alimentando com isso uma verdadeira ditadura da toga”.

Girão manifestou seu descontentamento com a decisão do TSE de cassar, por 6 votos a 1, o mandato do deputado estadual Fernando Francischini (PSL/PR), “o mais votado da história do Paraná”, pelo crime de disseminar notícias falsas a respeito das urnas eletrônicas.

“Na visão do voto dissidente do TSE, trata-se de uma pena abusiva por não haver provas suficientes sobre a interferência no resultado das eleições de 2018”, afirmou.

Para Girão, há um número crescente de parlamentares atuando no estilo “pianinho”, com medo de serem enquadrados.

“Parlamentares com receio de dar entrevistas, medindo palavras, como se estivessem monitorados por uma espécie de pré-censura”, disse.

Fonte: Agência Senado.