Presidente Jair Bolsonaro é investigado por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Foto: site Migalhas.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu prorrogar por mais 90 dias o inquérito que apura declarações do ex-ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) sobre suposta tentativa de interferência política do presidente da República, Jair Bolsonaro, na Polícia Federal.

“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, nos termos previstos no artigo 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 90 dias, a partir do encerramento do prazo final anterior, o presente inquérito”, escreveu o ministro em despacho.

No último dia 7 de outubro, Alexandre determinou que a Polícia Federal colha depoimento do  presidente Jair Bolsonaro no prazo de até 30. A investigação trata suposta interferência do presidente na Polícia Federal, denunciada pelo ex-ministro Moro.

Em setembro do ano passado, o então decano do STF, ministro Celso de Mello, então relator do inquérito, decidiu que Bolsonaro deveria depor presencialmente, negando ao mandatário a prerrogativa processual de depor por escrito.

No último dia 6, a Advocacia-Geral da União informou que Bolsonaro agora manifestou seu interesse em prestar depoimento sobre os fatos mediante depoimento pessoal. O presidente só pediu que lhe fosse facultado o direito de marcar o local e data da presença dele na Polícia Federal.

Organização criminosa

Também foi prorrogado, pelo mesmo período, o Inquérito (INQ) 4874, que investiga a existência de organização criminosa com a finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Direito, no qual também há investigações e diligências em andamento.

Fontes: site ConJur e STF.