Vice-presidente da Câmara, Adail Júnior, disse que evita ir a determinadas secretarias da Prefeitura. Foto: CMFor.
A falta de atenção de alguns secretários municipais às demandas dos vereadores da Câmara Municipal de Fortaleza continua sendo motivo de reclamações dos parlamentares na tribuna da Casa Legislativa.
Na manhã desta quarta-feira (04), no retorno das sessões ordinárias híbridas, parlamentares da oposição e governistas voltaram a lamentar que os auxiliares do prefeito Sarto não estão atendendo as pautas que são levadas até as pastas.
“Tem dia que a gente parece um mendigo, passando nas portas dos secretários, pedindo algo. Eu não peço para mim, é para o povo”, apontou o vereador Márcio Martins (PROS), que voltou a levantar a questão na tribuna do Plenário Fausto Arruda. Ele apontou a secretária de Saúde, Ana Estela Leite, como um dos gestores que não têm dado a devida atenção às pautas dos legisladores.
“Secretária, a senhora cuida de uma das pastas mais importantes e tem que receber vereador, porque é quem está na ponta. A senhora quando era adjunta era outra pessoa. Estou tentando falar com a senhora desde o semestre passado e não consigo. É dever do secretário receber o vereador”, disse o opositor citando a Lei Orgânica do Município.
Veja trecho do discurso do vereador Márcio Martins (PROS):
O vice-presidente da Mesa Diretora, o vereador Adail Júnior (PDT), corroborou com Martins, destacando que o parlamentar é eleito, enquanto que o secretário é nomeado. “Tem que apurar e dizer quem são esses secretários. O secretário é obrigado a atender o vereador. Tem Secretaria aí que eu nem vou. Como vereador da base eu tenho é vergonha. Isso é um absurdo e não podemos aceitar isso. Vereador tem que ser respeitado”, disparou.
Outro que demonstrou insatisfação com o atendimento oferecido por gestores municipais foi o vereador Luciano Girão (PSD), destacando que muitas das vezes o parlamentar não tem a atenção mínima oferecida. “Temos que nos dar o valor e sermos respeitados. Fui procurar o secretário da Regional 2 por telefone, mas não consegui. Enviei mensagem, me identifiquei, ele leu a mensagem e não retornou”, acusou.
O parlamentar também ressaltou que ao ir a uma repartição pública, o vereador não busca atender a interesses pessoais, mas da coletividade. “A gente não pode aceitar ser destratado e não ser atendido. Não posso aceitar o que está acontecendo. Vou marcar para conversar com o prefeito Sarto, porque não acredito que isso seja orientação do nosso prefeito”, disse Luciano.
