Em 2021, o Ceará acumulou um saldo positivo de 46.129 empregos gerados. Foto: Davi Pinheiro.

O Brasil registrou um saldo de 316.580 novos trabalhadores contratados com carteira assinada em julho de 2021.

O saldo é o resultado de um total de 1.656.182 admissões e 1.339.602 desligamentos. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado nesta quinta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho, o salário médio de admissão caiu 1,25% na comparação com o mês anterior, situando-se em R$ 1.801,99.

No acumulado do ano, o país registra saldo de 1.848.304 empregos, decorrente de 11.255.025 admissões e de 9.406.721 desligamentos. O estoque nacional de empregos formais, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, relativo a julho ficou em 41.211.272 vínculos, o que representa uma variação de 0,77% em relação ao estoque do mês anterior.

Regiões e estados

A Região Sudeste foi a que gerou mais postos de trabalho. O saldo positivo ficou em 161.951 vagas, o que corresponde a um aumento de 0,77% ante a junho. No Nordeste foram criados 54.456 postos (+0,83%); na Região Sul o saldo também ficou positivo (42.639 postos, +0,55%), a exemplo do Centro-Oeste (+35.216 postos, +1,01%) e do Norte (+22.417 postos, +1,18%).

São Paulo foi o estado que registrou o maior saldo positivo, com 104.899 novos postos de trabalho (+0,82%, na comparação com junho), seguido de Minas Gerais (+34.333 postos; +0,79%); e Rio de Janeiro: (+18.773 postos; +0,58%).

Já as unidades federativas com o menor saldo foram o Acre (806 novos postos; crescimento de 0,90% ante ao mês anterior); Amapá (saldo de 794 postos; +1,17%); e Roraima: (saldo de 332 postos; crescimento de 0,55%).

Salário médio de admissão

O salário médio de admissão em julho de 2021 (R$1.801,99) apresenta uma queda real de R$ 22,72 na comparação com junho de 2021. A variação corresponde a um percentual de -1,25%.

Na indústria de transformação, a queda do valor médio de admissão (-1,69%) resultou em um salário inicial de R$ 1.767,15. No setor de construção, a queda (-0,65%) fez com que o salário médio inicial registrado ficasse em R$ 1.848,81. Já a queda do salário médio de admissão do setor de serviços ficou em -1,49%. Com isso, o salário médio inicial do setor está em R$1.965,68.

Ceará

Com a retomada da economia cearense, o emprego celetista no Ceará apresentou expansão de 13.420 postos de trabalho, em julho de 2021. O saldo representa o melhor resultado do Nordeste, para o período, seguido pelos números da Bahia (11.373) e Pernambuco (8.931).

“Os números são excelentes para o estado do Ceará, uma vez que foi o primeiro do Nordeste na geração de empregos. Em julho, a faixa etária que mais contratou foi a de 18 a 24 anos e o grau de instrução foi de ensino médio completo. Em todo o ano de 2021, o destaque foi o setor de serviços que obteve um saldo positivo de mais de 23 mil empregos, seguido do comércio e da indústria, o que mostra uma retomada bastante consistente do Estado do Ceará,” afirmou o secretário-executivo do Trabalho e Empreendedorismo da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Kennedy Vasconcelos.

Para o presidente do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Vladyson Viana, “são números importantes, que refletem a ampliação da cobertura vacinal e reabertura da economia, e demonstram a manutenção e o crescimento dos postos de trabalho no Ceará, especialmente se consideramos que, desde julho de 2020, só registramos um saldo negativo”.

No mês em análise, o resultado decorreu de 43.072 admissões e 29.652 desligamentos e o nível do emprego formal subiu 1,11%, atingindo o total 1.219.234 empregos com carteira assinada. Neste contexto, os números foram puxados principalmente pelos setores de serviços (5.040), comércio (3.190) e indústria (3.037), embora todos os setores tenham registrado saldos positivos.

Em 2021, o Ceará acumulou um saldo positivo de 46.129 empregos celetistas gerados, resultado este bem diferente ao que fora registrado no mesmo período do ano passado (extinção de 42.323 empregos com carteira assinada). Já em termos territoriais, a geração de empregos continua concentrada na Capital Cearense, Fortaleza (6.034 empregos ou 45,0% do total), seguida de Juazeiro do Norte (1.060 ou 17,9%), Eusébio (737 ou 5,5%), Caucaia (548 ou 4,1%) e Sobral (534 ou 4,0%).

Fontes: sites da Agência Brasil e do Governo do Ceará.