Gabriel Aguiar disse que enquanto alguns trabalham contra a pandemia, outros atrapalham. Foto: CMFor.

Os últimos desdobramentos da CPI da Covid, no Senado Federal, tem contribuído para o aumento de críticas por parte de parlamentares que fazem oposição ao presidente da República, Jair Bolsonaro.

Na Câmara Municipal de Fortaleza não tem sido diferente e vereadores atribuem ao chefe do Executivo a alcunha de “genocida”, afirmando também que ele não tem qualquer compromisso com a Educação do País.

Para o vereador Lúcio Bruno (PDT), a culpa das mais de 500 mil mortes em decorrência da Covid-19 é do presidente Bolsonaro, que, segundo disse, tem se demonstrado incompetente em todas as áreas do Governo. “Esse presidente é um genocida. Não tem quem me faça mudar de ideia de que a culpa das mais de 500 mil mortes é dele. Esse presidente incompetente, genocida, vai deixar vários legados ao nosso País”, disse.

Segundo o pedetista, Bolsonaro está tentando acabar com a Educação do Brasil, já que reduziu o orçamento para a área, o que tem feito com que várias faculdades demonstrem preocupação com a possibilidade de fechamento. “Ele não tem compromisso com a sociedade, com o jovem, com o nosso País. A gente tem um rei e quatro príncipes, que são quem mandam no Brasil. Como é que um vereador vai para uma reunião tratar da compra de vacina? Ele não era nem para estar lá. Um vereador numa discussão de Estado?, questionou.

Lúcio Bruno também demonstra indignação com o que, segundo ele, vem acontecendo com a participação federal na política social de habitação de Fortaleza, que já foi exemplo para o País e teve seu orçamento zerado durante a pandemia. “Para mim, ele é um genocida, incompetente. Como é que pega uma política vencedora de habitação social e zera o orçamento? Esse cidadão está curtindo o mandato de presidente”, apontou.

Gabriel Aguiar (PSOL) corrobora com o colega e afirmou que no momento, no País, existem dois lados que precisam se unir. Conforme afirmou, de um lado há o trabalhador tentando resolver o problema que foi criado desde o início da pandemia, e do outro pessoas atrapalhando tudo. “Temos gente atravancando todo o trabalho de gestão da pandemia. Se hoje tivéssemos essas mesmas pessoas se levantando e dizendo que se perdoe, defendendo distanciamento social, lockdown quando necessário, usos de máscara, aí eu iria relevar”.

“O presidente disse que não compraria a vacina. Ele foi na câmera, em rede nacional, e disse que não iria comprar. E seus seguidores questionando a vacina, questionando a eficácia já comprovada. Isso é uma vergonha, um atentado”, lamentou o socialista. Para ele, ao menos 240 mil vidas teriam sido poupadas se o Brasil tivesse adquirido vacinas em tempo hábil e iniciado aplicação já em janeiro.

“Bolsonaro e seus seguidores continuam negando, atrapalhando. A vacina é um direito e quem atrasou esse direito de chegar, sempre foi negacionista. Além de negacionista, ele é um genocida. Bolsonaro deixou a pandemia de lado. Ele e seus seguidores agiram ativamente pelo contágio do maior número de pessoas. Isso se chama genocídio”  – (Gabriel Aguiar)