Pedetistas sondam possível dobradinha entre Antônio Henrique e Elpídio Nogueira, ambos aliados do prefeito Sarto. Foto: CMFor.

Faltando um ano e cinco meses para as eleições gerais de 2022, vereadores do Partido Democrático Trabalhista (PDT) em Fortaleza já conversam entre si e sinalizam interesse de ingressar na disputa eleitoral que se aproxima. Pelo menos quatro parlamentares da sigla são sondados para o pleito vindouro, apesar de alguns deles preferirem não tratar do assunto no momento.

O nome que mais vem atuando em bairros da cidade, e em suas redes sociais, já visando a eleição do próximo ano é o presidente da Casa Legislativa, o vereador Antônio Henrique (PDT). O parlamentar, que já há algum tempo trata do assunto entre seus correligionários mais próximos, deve tentar uma das 46 vagas na Assembleia Legislativa do Ceará.

Henrique está no seu quarto mandato de vereador de Fortaleza e pelo segundo ano consecutivo presidente o Legislativo da Capital cearense. Até o ano passado, a Assembleia Legislativa contava com cinco ex-presidentes da Câmara Municipal de Fortaleza. Eram eles: Acrísio Sena (PT), Salmito Filho (PDT), Tin Gomes (PDT), Walter Cavalcante (MDB) e José Sarto (PDT). Este foi eleito prefeito no pleito de 2020.

Antônio Henrique quer seguir os mesmos passos desses parlamentares.

Quem está conduzindo todo o processo de fortalecimento do PDT para a disputa eleitoral de 2022 é o senador Cid Gomes, umas das principais lideranças políticas do Ceará. Ele é quem deve ouvir cada um dos vereadores, deputados, prefeitos e outros agentes que tenham interesse na disputa do próximo ano.

Apesar de falar que não tem interesse em tentar disputar a uma vaga na Assembleia Legislativa, o vice-presidente da Câmara Municipal, Adail Júnior (PDT) tem tocado no assunto frequentemente entre seus pares, o que leva alguns dos pedetistas a acreditarem na possibilidade de nova tentativa por Adail. Em 2018, quando da primeira disputa para uma vaga no Legislativo estadual, o vereador recebeu 36.064 votos, ficando na suplência.

Adail Júnior reclamou, algumas vezes, na tribuna da Câmara Municipal do fato de o PDT não contemplar alguns de seus suplentes. Na semana passada, porém, enalteceu o fato de a sigla ter permitido o ingresso do suplente Totonho Lopes (PDT) na Câmara Federal, no lugar de Robério Monteiro (PDT), que foi agraciado com cargo a nível de secretário no Governo do Estado.

O vereador Elpídio Nogueira (PDT), que está licenciado, e atualmente assume a pasta da Cultura em Fortaleza, é outro que poderá tentar ajudar o partido no próximo ano. Informações dão conta de que ele tende a se candidatar a deputado federal pela sigla pedetista. Como é irmão do prefeito Sarto, a tendência, caso a candidatura seja confirmada, é que o chefe do Executivo Municipal apoie o nome de Elpídio. Aliás, o pretenso candidato pode fazer dobradinha com Antônio Henrique, aliado de primeira hora de Sarto.

Chapa robusta

Novato na Câmara Municipal, Júlio Brizzi (PDT), também pode tentar voos mais altos nas eleições do próximo ano. Ele já foi candidato a deputado federal em 2010, e a deputado estadual em 2014, nas duas vezes pela sigla pedetista. O vereador Renan Colares (PDT) depende da intenção do pai, o deputado estadual Fernando Hugo (PP), em ser ou não candidato em 2022.

Lúcio Bruno, que obteve 23.936 votos para vereador no ano passado, apesar da votação expressiva, deve apoiar a candidatura do deputado estadual Queiroz Filho (PDT) à reeleição. Aliás, a tendência natural, principalmente, por conta do fim das coligações proporcionais, é que os atuais deputados estaduais da sigla tentem, mais uma vez, retornar a seus assentos no Parlamento no pleito do próximo ano.

Cid Gomes busca montar uma chapa robusta, visando manter ou ampliar a quantidade de parlamentares pedetistas eleitos em 2018.