General Guilherme Theophilo e a médica Mayra Pinheiro quando estavam filiados ao PSDB e disputam pelas vagas no Governo e Senado. Foto: PSDB/CE.

Mayra Pinheiro, médica que teve apoio do senador Tasso Jereissati em campanhas eleitorais no Ceará, inclusive nas eleições de 2018 quando disputou vaga no Senado Federal, indicada pelo PSDB, hoje continua sendo um dos cearenses mais comentados no Governo do presidente Bolsonaro. Ela foi indicada para um dos cargos no Ministério da Saúde logo no início da gestão Bolsonaro, embora o seu palanque no Ceará, apoiasse a candidatura presidencial do tucano Geraldo Alckmin, no primeiro turno da disputa.

Ela e o candidato a governador pelo PSDB, general Guilherme Theophilo, desapontaram o senador Tasso imediatamente após conhecido o resultado do primeiro turno de votação. Os dois passaram a apoiar a candidatura de Bolsonaro, enquanto os tucanos cearenses ficaram distante do embate entre Bolsonaro e Haddad. O general Guilherme e Mayra foram participar do Governo Bolsonaro logo em janeiro. Ele foi trabalhar no Ministério da Justiça, dirigido pelo ex-ministro Sergio Moro. Hoje o general não está mais na equipe de Bolsonaro. Ele saiu do Governo com Sergio Moro.

O senador Tasso Jereissati é um dos integrantes da CPI da Covid-19, criada para apurar as responsabilidades do Governo Federal com as consequências da pandemia. Mayra é um dos alvos da CPI, assim como o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Que perguntas Tasso fará à ex-liderada?

Leia, na íntegra, o que saiu publicado nesta segunda-feira (19) na coluna Painel da Folha de S. Paulo:

“A despeito da reformulação que vem sendo feita no Ministério da Saúde, com a substituição de militares por profissionais da área de Saúde, Marcelo Queiroga manteve uma ala conhecida por seus posicionamentos controversos, que tem como destaque Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho.

Conhecida como capitã cloroquina, ela é o elo entre o Ministério da Saúde e os defensores do tratamento precoce para a Covid-19 (sem eficácia comprovada e com relatos de efeitos danosos).

Mayra foi responsável por montar uma caravana com médicos de todo o Brasil para fazer uma ronda por Manaus e instruir os profissionais locais a receitar medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina. Financiada com dinheiro público.

Desde a chegada de Queiroga, Mayra diminuiu a frequência de suas campanhas em defesa do tratamento precoce nas redes sociais. No entanto, em 31 de março compartilhou publicação de movimento do Ceará, seu estado de origem, que instalou outdoor em defesa do atendimento precoce.

Queiroga já disse que não existe tratamento precoce para a Covid-19 e tem atuado para que a pasta se afaste do tema.”