A votação ocorreu na reitoria da UFC. Foto: Reprodução/Instagram

Os docentes das universidades federais do Ceará rejeitaram, na quinta-feira (25), a proposta salarial apresentada pelo Governo Federal na semana anterior. Por unanimidade, a proposta de recomposição salarial apresentada pelo governo federal na última mesa de negociação não foi aceitada pela categoria, que confirmaram a continuidade da greve. O movimento grevista foi iniciado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), pela Universidade Federal do Cariri (UFCA) e pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).

Os técnicos-administrativos iniciaram sua greve em março, enquanto os docentes optaram pela paralisação em abril. Segundo o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (Adufc), uma assembleia geral foi realizada na quinta-feira (25) nos jardins da reitoria da UFC e em alguns campi do interior para deliberar sobre a proposta salarial apresentada pelo Governo Federal em 19 de abril.

De acordo com a Adufc, o governo propôs “permanecer com 0% de reajuste em 2024″, mas ofereceu 9% em 2025 e 3,5% em 2026”, enquanto a proposta anterior era de “4,5% em cada um desses anos”. Em relação à reestruturação da carreira docente, uma das demandas dos trabalhadores, a entidade educacional expressou preocupação com a proposta do Governo Federal, destacando que “prioriza os níveis mais avançados” e ressaltou a preocupação de que “os níveis iniciais sejam os mais penalizados”.

O resultado da votação será encaminhado ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES), que enviará uma resposta oficial ao Palácio do Planalto até esta sexta-feira, 26.