Devido ao endurecimento das medidas sanitárias no Ceará, a sessão vem ocorrendo de forma remota. Foto: Reprodução/Youtube.

O trabalho dos fiscais ligados à Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis), durante o período de lockdown na Capital, foi discutido entre os vereadores durante a sessão virtual desta terça-feira (23).

Márcio Martins (PROS) questionou a atuação dos agentes, dizendo que os “jaquetas verdes”, em referência a cor da vestimenta, estão tomando um protagonismo maior que os profissionais da saúde, por diariamente ver alguma ação da Agefis na Capital.

O vereador republicano, em tom crítico, propôs um desafio. “Tem um lugar que eu desafio ver alguém da Agência Fiscalizadora: dentro de um terminal de ônibus. Esta mesma instituição vê um estabelecimento que está trabalhando à meia-porta, vai lá e lacra. Por que não nos ônibus? Eu fiz um ofício exigindo um relatório das ações da Agência nos transportes públicos. Isso é muito sério”, relatou.

O líder do Governo Municipal na Casa, Gardel Rolim (PDT), demonstrou apoio ao órgão, parabenizando os fiscais ao colaborar para a não propagação do coronavírus na cidade. “A Agefis busca conscientizar, muitas vezes, sendo duros e impopulares. Por isso, sei da importância dessas medidas”.

Rolim citou sobre festas clandestinas encerradas por uma fiscalização rígida da Agência. O pedetista também lembrou sobre uma determinação do prefeito José Sarto (PDT), ocorrida em fevereiro, para empresas de transporte coletivo colocarem mais 200 ônibus para circular.

Larissa Gaspar (PT) defendeu os fiscais da Agefis, bem como lembrou de seu passado como membro do órgão. “Quero me solidarizar com os meus colegas fiscais. Eles agem por ordem de superiores. Se não há uma determinação de ordem, vindo de algum superior hierárquico, eles não agirão”, disse. Ademais, Larissa culpou o Sindiônibus e a empresa Sosicam pelas aglomerações vistas nos terminais de ônibus.

O 1º vice-presidente da Câmara Municipal, Adail Junior (PDT), lembrou dos decretos impostos pelo governador Camilo Santana (PT), por isso, existe o trabalho intenso de fiscalização. Por fim, pediu para não condenar entidades municipais por suas ações.