O MPF acusa Lula de tráfico de influência na compra de 36 caças Gripen, fabricados pela empresa sueca Saab. Foto: Reprodução.

O interrogatório do ex-presidente Lula sobre a compra de caças do modelo Gripen foi marcado pelo juiz Frederico Botelho de Barros Viana, substituto da 10ª Vara Federal em Brasília, para o próximo dia 27 de maio.

O Ministério Público Federal (MPF) acusa Lula de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa, por ter participado de negociações irregulares para a aquisição de 36 caças Gripen, fabricados pela empresa sueca Saab.

O processo, que começou no governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), foi finalizado na gestão de Dilma Rousseff. Mas a escolha final coube à Aeronáutica.

A 10ª Vara é um dos possíveis destinos das ações penais contra o petista, cujas decisões proferidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba foram anuladas na segunda-feira (08) pelo ministro Edson Fachin.

Segundo a denúncia do MPF, os crimes de Lula nesse episódio teriam ocorrido entre 2013 e 2015, durante o primeiro e segundo governos de Dilma.

Um dos filhos do ex-presidente, Luiz Cláudio Lula da Silva, também foi denunciado por envolvimento. Ele teria recebido dinheiro de um lobista para garantir que Lula usasse sua influência na compra dos caças. Deve ser interrogado no dia seguinte ao pai, ou seja, dia 28/05.

O interrogatório de Lula já havia sido marcado em 2019, mas foi cancelado para que testemunhas do exterior fossem ouvidas, como os ex-presidentes franceses François Hollande e Nicolas Sarkozy.

À época da apresentação da denúncia, a força-tarefa da Operação Lava Jato não identificava nada de anormal na transação dos caças e enxergava a questão como “uma opção política justificável”, segundo diálogos obtidos por um hacker e aprendido por ação da Polícia Federal (PF), a mando do então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Com informações do site ConJur.