Sarto ao lado de dirigentes petistas, durante segundo turno da campanha eleitoral do ano passado. Foto: Divulgação.
Em entrevista ao Blog do Edison Silva, o presidente municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) em Fortaleza, o vereador Guilherme Sampaio, sinalizou que a agremiação deve manter decisão local de fazer oposição, à esquerda, ao Governo do prefeito Sarto, do PDT.
Os parlamentares da legenda se alinharão aos membros do PSOL, que também atuarão como oposicionistas à gestão pedetista na Capital cearense.
No fim do mês de dezembro, a executiva municipal do PT decidiu fazer oposição a Sarto, o que chegou a ser contestado por algumas alas petistas. A executiva estadual chegou a anular a decisão local, mas segundo os vereadores ouvidos pelo Blog, a direção em Fortaleza ainda não foi notificada. Diante disso, os parlamentares resolveram se manter como opositores à atual gestão.
Há, inclusive, um impasse quanto a escolha do nome do líder da bancada de oposição na Câmara Municipal, uma vez que dois grupos antagônicos são oposicionistas ao atual Governo. Um bloco, formado por PROS, Republicanos, PSC e Podemos, alinhado ao deputado federal Capitão Wagner (PROS) e ao presidente Jair Bolsoanro (sem partido), e o outro, composto por petistas e psolistas.
Vereador do PROS, Márcio Martins afirmou que foi escolhido como líder da bancada de oposição, tendo Priscila Costa (PSC) e Carmelo Neto (Republicanos) como vice-líderes. Para membros do PT e PSOL, porém, essa escolha não poderia ter sido feita, uma vez que não foram chamados para discutir sobre o tema.
De acordo com Guilherme Sampaio, a liderança da oposição ainda não foi definida, haja vista que ainda não houve qualquer tratativa entre os partidos que estarão na bancada oposicionista para deliberar a respeito. “Independente disso, o diretório municipal do PT decidiu por um posicionamento de oposição à esquerda. Portanto, não haverá nenhuma hipótese de qualquer articulação de nossa bancada com partidos bolsonaristas na Câmara”, afirmou.
Apoio
PT e PSOL chegaram a apoiar Sarto no segundo turno das eleições municipais do ano passado em Fortaleza. No entanto, segundo afirmaram durante o pleito, o apoio se dava de forma crítica e tinha como objetivo tão somente evitar o crescimento do “bolsonarismo” em Fortaleza, uma vez que o presidente Jair Bolsonaro defendeu voto em Capitão Wagner.
