Sarto recebe vereadores eleitos pelo PMB que podem aderir ao Governo. Foto: Reprodução/Facebook.

O prefeito eleito de Fortaleza, Sarto (PDT), vem dialogando com os vereadores eleitos para a próxima Legislatura há alguns dias. Durante esses encontros, o próximo chefe do Executivo Municipal tem sentido um pouco do clima entre aqueles que estarão na linha de frente no Legislativo da Capital cearense.

O pedetista já sabe, por exemplo, que a oposição ao seu Governo será mais reduzida e fraccionada do que se pensou em um primeiro momento.

Alguns nomes que foram eleitos pela coligação que apoiou o nome de Capitão Wagner (PROS) para a Prefeitura tendem a se alinhar com a base governista, o que enfraquecerá ainda mais o grupo.

No entanto, mesmo com as perdas já aventadas, a bancada oposicionista deve ser ainda mais barulhenta do que a que está na Câmara Municipal nesta Legislatura.

Na avaliação do grupo mais alinhado a Capitão Wagner, dos 12 vereadores eleitos pela coligação do candidato derrotado, ao menos três devem ficar ao lado do Governo. São eles: Wellington Sabóia e Germano Heman do PMB; e Cônsul do Povo Erivaldo Xavier do PSC. Bruno Mesquita, do PROS, que vai para seu primeiro mandato, deve atuar de forma independente na Casa.

Devem compor a oposição mais à direita, alinhada com ideias voltadas ao bolsonarismo, os seguintes vereadores: Carmelo Neto (Repu), Priscila Costa (PSC), Inspetor Alberto (PROS), Ronaldo Martins (Repu), Julierme Sena (PROS), Sargento Reginauro (PROS), Danilo Lopes (Pode) e Márcio Martins (Repu).

Sarto também tende a enfrentar uma oposição mais à esquerda, formada pelos dois vereadores do PSOL, que também poderão  contar com o apoio da bancada petista na Casa. A líder do Partido dos Trabalhadores (PT), a vereadora Larissa Gaspar, disse  ao Blog do Edison Silva que a agremiação pode estar na bancada oposicionista a Sarto. No entanto, ela ressaltou que legenda ainda não  definiu isso, o que deve ocorrer na próxima semana.

Sarto se encontra com vereadores eleitos pelo PSOL. Foto: Reprodução/Facebook.

Segundo a parlamentar, a atuação da bancada petista, formada por três vereadores, tende a se dar  ao lado dos parlamentares eleitos pelo PSOL, Adriana “Nossa Cara” e Gabriel Lima.

“Devemos continuar na oposição ao Governo e à gestão do PDT. De uma forma madura, propositiva. Não uma oposição de ataques pessoais. A executiva ainda não se reuniu para deliberar sobre isso, mas é o curso natural”, disse Larissa.

No entanto, essa eventual bancada oposicionista, caso seja formada, contando com  cinco membros, também travará embates com o grupo oposicionista composto por parlamentares alinhados com Capitão Wagner e defensores do presidente Jair Bolsonaro.

Na atual conjuntura, baseado no que foi verbalizado pelos atores políticos na Câmara Municipal de Fortaleza, a oposição ao Governo Sarto, num primeiro momento, deve ser composta por 13 vereadores, mas sem unidade.

Eleito pelo PSL, Juninho Aquino deve ter uma postura inicial de independência, diferente de Marcelo Lemos (PSL), que mesmo sendo defensor do presidente Bolsonaro, também fazia parte da gestão do prefeito Roberto Cláudio.