Número representa um aumento de cinco vezes em relação ao registrado no mesmo período nas eleições de 2016. Foto: Reprodução/Agência Brasil.

Em pronunciamento divulgado nesta terça-feira (24) sobre violência na política, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, destacou como ponto de atenção o aumento dos crimes contra candidatos nas eleições deste ano.

De janeiro até agora, o (TSE) contabilizou 264 crimes de violência contra candidatos e pré-candidatos nas Eleições Municipais 2020. Desses, chegam a 100 os homicídios consumados ou tentados.

Os números do levantamento parcial foram apresentados por Barroso, e representam um aumento de cinco vezes em relação ao registrado no mesmo período de 2016, ano das eleições anteriores, quando foram registrados 46 crimes de violência contra candidatos.

Vale lembrar que em novembro de 2016 o segundo turno das eleições já havia ocorrido. Neste ano, devido ao adiamento da votação provocado pela pandemia do novo coronavírus, o segundo turno será realizado apenas em 29 de novembro.

Os dados incluem ocorrências registradas antes da confirmação das candidaturas, em setembro deste ano. Nesses casos, foram contabilizados crimes contra pessoas que se declaravam dispostas a concorrer a eleição.

“A violência é incompatível com a democracia. É preciso jogar limpo e civilizadamente e os órgãos de segurança pública estão vigilantes em relação ao crime organizado”, disse Barroso.

Homicídios e Ameaças

De acordo com as informações do (TSE), dos 100 homicídios tentados ou consumados contra candidatos desde janeiro, 67 ocorreram somente em outubro e novembro, quando todas as candidaturas já estavam confirmadas pelos partidos.

Desde janeiro, 45 candidatos e pré-candidatos foram assassinados, 12 dos quais entre outubro e novembro. A maior parte dos casos ocorreu no Sudeste. Em relação às ameaças, foram 146 registros desde janeiro até o momento, 109 dos quais entre outubro e novembro. Também desde o início do ano, o TSE contabilizou 18 crimes de lesão corporal contra candidatos e pré-candidatos.

Fonte: Agência Brasil.