Girão foi coordenador da campanha de Wagner à Prefeitura de Fortaleza. Foto: Miguel Martins.

O senador Eduardo Girão (Pode) foi um dos protagonistas do pleito eleitoral deste ano em Fortaleza, coordenando a candidatura de Capitão Wagner (PROS) e sendo seu principal financiador.

Em entrevista, na manhã de domingo (29), o parlamentar criticou a presença de pessoas oriundas do Interior cearense em apoio ao candidato Sarto (PDT), e dizia que a eleição de Wagner “é mais que uma renovação, é uma libertação”.

Girão afirmou que em alguns lugares de Fortaleza foi percebido a presença de pessoas com medo, uma vez que segundo ele, estariam sendo pressionadas por facções criminosas que querem saber em quem o eleitor votou.

“É um fato que está acontecendo, e isso nos preocupa porque somos pessoas boas, gente do bem. As pessoas estão sendo intimidadas, inclusive, na hora do voto. São obrigadas a fotografar e mostrar em quem votou”, denunciou.

Ainda de acordo com ele, em determinados lugares da cidade não se pode entrar com adesivos de Capitão Wagner. “Onde estamos vivendo? Isso é um choque de realidade e a gente precisa dar um basta através da eleição. Por isso considero essa eleição mais que uma renovação, uma libertação”, disse.

O senador afirmou, ainda, sem apresentar provas, que ao menos 100 mil pessoas teriam vindo a Fortaleza em apoio à candidatura do candidato do PDT, Sarto. “Isso é uma afronta à democracia e ao livre arbítrio do nosso povo. O que eles querem com isso? Influenciar? Intervir na eleição de Fortaleza? Que história é essa?”, questionou.

O parlamentar lamentou que o adversário de Wagner tenha tido apoio da máquina pública, já que Sarto é candidato da base governista, e com isso tem alinhamento com maior parte de representantes da Câmara Municipal de Fortaleza, Prefeitura e Assembleia Legislativa, uma vez que é o presidente da Casa Legislativa.

Ele também lamentou o aumento no número de operações da Polícia Federal em Fortaleza, que segundo disse, é fruto de irregularidades na condução da coisa pública. “Nosso aeroporto era para trazer turistas, empreendedores. Somos uma terra bonita, com um povo acolhedor, e ultimamente, quem tem descido aqui para resolver problemas de falcatruas é a Polícia Federal”, disse.