Ministro João Otávio é chamado de incoerente pela decisão que tomou ao levar em conta que Fabrício Queiroz é do grupo de risco do coronavírus. Foto: Gustavo Lima/CNJ.

O corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, recebeu, nesta segunda-feira (13), reclamação disciplinar apresentada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania) contra o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, onde o parlamentar pede a instauração de processo administrativo disciplinar (PAD) em face do magistrado ter concedido habeas corpus a Fabrício Queiroz, bem como de sindicância para apuração dos fatos.

Na reclamação, o senador alega que, no último dia 9 de julho, o presidente do STJ “concedeu habeas corpus em favor de Fabrício Queiroz, suspeito de participação no esquema das ‘rachadinhas’ no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, e de sua esposa, Márcia Aguiar, foragida quando da prolação da decisão”.

Alessandro Vieira sustenta também que “a notável incoerência da decisão favorável a Fabrício Queiroz e sua esposa, quando cotejada com decisões pregressas da mesma lavra, relacionadas a indivíduos igualmente pertencentes a grupos de riscos, põe em relevo – de modo legítimo -, repise-se – a existência ou não de independência no exercício de seu mister”.

Por último, aponta os deveres da magistratura elencados no artigo 35, inciso I, da Loman.

O procedimento já está com o corregedor nacional, Humberto Martins, para decisão.

Fonte: com informações do site do CNJ.