A deputada federal também fez críticas à atuação da gestão de Fortaleza. Foto: Reprodução/Youtube.

A deputada federal Luizianne Lins, pré-candidata pelo Partido dos Trabalhadores (PT) à prefeitura de Fortaleza, apresentou no fim da tarde desta segunda-feira (27), a plataforma digital da construção participativa de seu plano de governo. Durante apresentação nas redes sociais, a postulante afirmou que não há espaço para união entre petistas e o PDT na Capital.

Segundo ela, em encontro com o governador Camilo Santana, o chefe do Executivo apresentou o nome de Nelson Martins como alternativa que viabilizasse uma possível aproximação entre as duas legendas.

Luizianne chegou a dizer para Camilo que não teria problema em abrir mão de sua pretensa candidatura em favor do colega, mas afirmou que nenhum modo haveria espaço, neste momento, para união com o PDT.

“Não vai ter nenhum espaço que vá contemplar, neste momento, algo que nos una com o PDT. Não vai porque temos o Ciro, o enlouquecido. Inveja profunda de um espaço coletivo”, disse a pré-candidata.

Ela citou todos os partidos nos quais Ciro Gomes esteve filiado (PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB, PROS e PDT) e disse que os posicionamentos do ex-ministro “não tem nada a ver com nossa ideia de partido”. “Estamos tentando construir um projeto de mundo. Como vai acreditar numa pessoa que está no oitavo partido na vida?”, questionou.

A parlamentar também criticou o grupo político dos irmãos Ciro e Cid Gomes, destacando que não os considera, neste primeiro momento, membros da frente ampla da centro-esquerda. “Eles estão, por acaso, no PDT. Mas se estivessem no PROS, eles estariam na frente esquerda? Ou estamos considerando só porque eles são do PDT hoje?”.

Em coletiva virtual feita também nesta tarde, ela fez críticas à política social implementada pelo prefeito Roberto Cláudio e atribuiu a derrota do Partido dos Trabalhadores no pleito de 2016 muito às “fake news”, que teriam sido difundidas nas redes sociais.

“O PT se lascou no Brasil inteiro, e temos que compreender o que está acontecendo. A realidade histórica vai avançando e as pessoas vão compreendendo”, disse ela, apontando os neo-pentecostais e militares como aqueles que mais atacaram o segmento de esquerda nas redes sociais nos últimos anos.