Durante a pandemia o número de casos de violência doméstica cresceu em média 40%. Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Bauru-SP.

A bancada feminina da Câmara dos Deputados firmou seu apoio à Campanha Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica. Deputadas participaram do lançamento da inciativa no Distrito Federal.

A coordenadora da Comissão Externa de Combate à Violência Doméstica contra Mulher da Câmara, deputada Flávia Arruda (PL/DF), ressaltou a necessidade da campanha especialmente durante a pandemia, quando houve um aumento médio de 40% nesses casos.

“Nós, no Congresso, estamos trabalhando arduamente para  aprimorar a lei Maria da Penha em parceria com o Judiciário e com outros órgãos que atuam, no dia a dia, como a Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Militar”, disse.

A campanha, idealizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros e pelo Conselho Nacional de Justiça, orienta mulheres vítimas de violência doméstica a se encaminharem a uma farmácia e mostrarem ao atendente um xis vermelho desenhado na pauta da mão. Ao identificar o sinal, o atendente deve acionar a Polícia Militar que prestará atendimento a vítima.

Em reunião virtual com as deputadas, a presidente da Associação dos Magistrados do Brasil, Renata Gil, que foi  uma das idealizadoras da campanha, lembrou que durante o isolamento social o acesso das mulheres a centros de atendimento ficou reduzido, o que levou a um aumento nos casos de feminicídio ao mesmo tempo em que houve uma redução no número de denúncias.

“O que nós temos procurado chamar a atenção com a campanha do sinal vermelho é exatamente que esse é um problema de segurança pública, não é mais uma questão de direitos humanos, isso não é mais uma questão de política para as mulheres”, destacou.

A representante do Conselho Nacional de Justiça, Maria Cristina Ziouva, comemorou a adesão de 11 mil farmácias à campanha em todo o País.

A deputada Paula Belmonte (Cidadania/DF) elogiou o alcance da campanha, que pode beneficiar, inclusive, crianças que sofrem violência doméstica, mas só conseguiriam denunciar seus agressores anos mais tarde.

Fonte: Câmara dos Deputados.