Vereador Esio Feitosa distinguiu os dois grupos de oposição durante sessão virtual. Foto: Reprodução/ ZOOM.

O líder do Governo na Câmara Municipal de Fortaleza, o vereador Esio Feitosa (PSB), fez críticas aos vereadores oposicionistas do PROS, que segundo ele, buscaram apenas tumultuar todas as ações da Prefeitura no combate ao coronavírus. No entanto, ele elogiou a postura dos petistas, que apesar de opositores da gestão de Roberto Cláudio, têm buscado contribuir com o Governo durante a pandemia que atinge a cidade.

A oposição na Câmara Municipal, atualmente, é formada por dois grupos: os petistas Guilherme Sampaio, Larissa Gaspar, Ronivaldo Maia, e os membros do PROS, Julierme Sena, Sargento Reginauro e Márcio Martins. Os três primeiros são alinhados com o governador Camilo Santana, enquanto o outro trio tem como líder o deputado federal Capitão Wagner, pré-candidato a prefeito da Capital.

Durante as sessões deliberativas virtuais, os membros do PROS têm, cada vez mais, criticado algumas ações do governo Roberto Cláudio, enquanto os petistas, têm buscado aprovar todas as matérias de interesse da população no que diz respeito à pandemia de coronavírus. Na plenária desta quarta-feira (24), Esio Feitosa fez distinção do trabalho dos dois grupos.

“É preciso separar o joio do trigo. A meu ver, temos uma oposição feita com muita responsabilidade, que é conduzida por Guilherme, Larissa e Ronivaldo. Eles têm tratado com a seriedade que merece o momento atual”, disse o líder do prefeito. No entanto, ele fez duras críticas ao outro grupo de oposicionistas.

“A outra parte da oposição tem tentado dificultar o trabalho dos homens públicos. Eles não reconhecem os méritos da construção do Hospital de Campanha, onde quase mil vidas foram salvas. Todos nós lembramos das críticas ferrenhas desse grupo liderado pelo Capitão Wagner”, apontou.

Feitosa respondia a colocações feitas por Márcio Martins e Sargento Reginauro sobre a instalação de uma CPI que investigue os atos do Governo no que diz respeito à compra de respiradores em Fortaleza. O vereador Eron Moreira (PDT) afirmou que não assinaria qualquer pedido deste tipo, pois acredita que a ação é “politiqueira”. Martins chegou a insinuar que o pedetista era “frouxo”, o que iniciou um confronto entre base e oposição.

“A referência política do Wagner, o Bolsonaro, não abriu um leito sequer para a rede pública federal em Fortaleza. Escutei vereador afirmar que o povo de Fortaleza quer investigar. Todos os custos, todas as despesas feitas pela Prefeitura e pelo Governo do Estado estão sendo auditados pelos órgãos de controle interno e externo. Nos últimos quatro meses, o que temos escutado de seu grupo é um silêncio gritante com relação ao que o Governo Federal deixou de fazer no combate ao coronavírus, e do outro lado uma gritaria danada tentando desqualificar tudo o que foi feito pelo Roberto Cláudio e Camilo” – (Esio Feitosa)

Durante as últimas sessões virtuais, os membros da base governista têm enfatizado o fato de o grupo liderado por Capitão Wagner ser alinhado com o Governo Bolsonaro. Isso se deve a rejeição que o presidente da República tem em Fortaleza. De acordo com Feitosa, pesquisas internas feitas na cidade demonstram isso.

O vereador Adail Júnior (PDT) também fez distinção das duas oposições que atuam na Casa. Segundo ele, é preciso “separar os meninos do PT, do PROS”. “O comportamento que os meninos do PT tiveram foi para somar com todos os que estavam interessados em melhorar a situação. Em nenhum momento você viu eles do PT fazendo o que o PROS fez. Isso é para fazer justiça com os três vereadores do PT”, afirmou o pedetista.

Governo Federal

Adail Júnior questionou o empenho do grupo político opositor em buscar medidas que minorassem a situação das pessoas atingidas pelo novo coronavírus em Fortaleza. Ele citou que além de três vereadores, os oposicionistas do PROS possuem dois deputados estaduais, um deputado federal e um senador, este filiado ao Podemos.

“Onde estava o grupo de vossa excelência quando o Governo Federal que vocês defendem tentou tomar 95 respiradores comprados pelo prefeito Roberto Cláudio e pelo governador Camilo? Onde estavam quando quase seis mil pessoas morreram? Não trouxeram uma máscara para o povo de Fortaleza”, apontou.