Ministro Celso de Mello é o decano do Supremo Tribunal Federal e lidera este inquérito. Foto: STF.

O ministro-decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, autorizou nesta terça-feira (05), as diligências solicitadas pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, no inquérito que apura suposta tentativa de interferência na Polícia Federal (PF) pelo presidente Jair Bolsonaro.

O ministro deu um prazo de 20 dias para o pessoal da PF cumprir todas as diligências solicitadas pelo procurador, fixando um prazo de cinco dias para os depoimentos dos ministros arrolados, contados a partir das devidas intimações.

Ele negou, porém o pedido de perícia no telefone de Sergio Mora, por não estar o aparelho com a Polícia Federal, necessitando, portanto, de busca e apreensão, o que não foi requerido pelo procurador.

O processo de investigação começou após a demissão de Sergio Moro do ministério da Justiça e Segurança Pública, quando o ex-ministro acusou na sexta-feira (24/04) o presidente Jair Bolsonaro de interferência na corporação.

No documento encaminhado na última segunda-feira (04) ao relator, Aras pediu autorização para a tomada de depoimento de três ministros, seis delegados da Polícia Federal (PF), da deputada Carla Zambelli (PSL/SP), além da realização de perícias. As medidas foram tomadas após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro prestar depoimento à PF, no sábado (02), em Curitiba.

O procurador-geral da República também solicitou a cópia de uma reunião realizada no dia 22 de abril entre o presidente Bolsonaro, o vice-presidente, ministros e presidentes de bancos públicos, e os comprovantes das assinaturas de exoneração a pedido do ex-diretor da Polícia Federal, Maurício Valeixo.

Desde a exoneração de Moro, o presidente nega que tenha pedido para o então ministro interferir em investigações da PF.

Com informações da Agência Brasil.