A carência de profissionais de enfermagem foi o principal problema apontado pelo Relatório de Fiscalização das Instituições de Saúde Mental de Fortaleza, entregue na manhã desta terça-feira (10), por representantes do Conselho Regional de Enfermagem do Ceará (Coren-CE) à Comissão de Saúde da Câmara Municipal.
O diagnóstico colheu dados em visitas realizadas aos Caps da cidade no período de setembro a outubro de 2019. Além do déficit de pessoal da enfermagem nas unidades, o documento aponta a falta de estrutura física adequada, e o não funcionamento de alguns equipamentos por 24 horas.
Os Caps são classificados pela Portaria 3.588 do Ministério da Saúde de acordo com a demanda populacional da região e com o público que atende. O diagnóstico identificou que as unidades da Capital não atendem a essa classificação.
O presidente da Comissão, vereador Dr. Porto (PRTB), acompanhou a apresentação do relatório e informou que levará a demanda para a secretária Municipal da Saúde, Joana Maciel.
“Foi um relatório bem elaborado, que mostra as pendências e vulnerabilidades que existem em alguns Caps da cidade, desde nomenclaturas até aparelhagem. Vamos levar o relatório para a secretária de Saúde e ela dará os devidos encaminhamentos para que possamos de fato resolver essa problemática justa”, disse.
A vice-presidente do Coren, Ana Paula Lemos, informou que o relatório situacional dos equipamentos de saúde mental do Município já foi apresentado ao Conselho Municipal de Saúde e ao Ministério Público.
“O nosso objetivo foi averiguar as denúncias recebidas pelo nosso canal de ouvidoria e ai, nas visitas, nós identificamos algumas irregularidades. Dentre elas a carência de profissionais da enfermagem, deixando o serviço deficiente, bem como alguns equipamentos que pregam funcionamento 24 horas mas que na prática não têm esse funcionamento de 24 horas”, apontou Ana Paula.