Senador licenciado Cid Gomes (PDT) volta aos poucos ao trabalho de articulação política. Foto: ALECE.

O senador Cid Gomes (PDT) começa a retomar as suas atividades políticas nos próximos dias, ainda de modo lento, posto não estar totalmente restabelecido da agressão à bala, sofrida no dia 19 de fevereiro, em Sobral, quando protestava contra o amotinamento de policiais militares naquela cidade. Amigos próximos dizem que ele está praticamente restabelecido, mas ainda não liberado para as atividades que estava exercendo na coordenação político-partidária de todo o grupo governista no território estadual, com agenda cheia de encontros em vários dos municípios do Estado, e em Fortaleza.

Todas as premissas básicas das alianças entre os partidos integrantes da estrutura governista, destacando-se o PDT, PSD, PP, PTB, PSB, e vários outros, antes do incidente com o senador, já estavam acertadas. Entre esses aliados todos os esforços serão desenvolvidos para evitarem disputas por prefeituras. Os atuais prefeitos das agremiações aliadas deverão ter o apoio para a reeleição, cabendo aos principais líderes da aliança a missão de sensibilizar seus liderados diretos, nos respectivos municípios, na medida do possível, a colaborarem com o objetivo central do grupo estadual que é o de eleger o maior número de prefeitos e vereadores.

Isoladamente, todos os partidos, em razão da situação nova da disputa por vagas nas câmaras municipais, com o fim da coligação proporcional, trabalham para a formação de suas chapas para a eleição de vereador. As relações conflituosas em determinados municípios, em muitos casos, não permitem concentrar todos os aliados em uma mesma legenda, por isso, os principais grêmios da ampla aliança servem de hospedeiros para os governistas insatisfeitos.

Até o dia 4 de abril vindouro, seis meses antes do dia da eleição, todos os candidatos aos legislativos e executivos municipais terão que estar com suas situações de filiação e domicílio eleitoral resolvidas. Cid ainda precisa solucionar várias pendências de filiações, levando em consideração a perspectiva do número de votos de cada um e as possibilidades eleitorais dos nomes já inscritos nos partidos menores. O PSB já recebeu alguns pretensos candidatos e ainda poderá receber outros. O PSB pode vir a ser o futuro partido do governador Camilo Santana e, pela especulação em curso, do seu quadro futuro poderá sair o candidato a vice-prefeito na chapa governista em Fortaleza.

Findo o prazo das filiações partidárias, coincidindo com o encerramento da abertura legal para os detentores de mandatos legislativos municipais trocarem de legenda, fica mais claro o quadro de candidatos na disputa deste ano, principalmente em relação ao cargo executivo de prefeito, embora as convenções partidárias para a homologação das candidaturas só venham a acontecer no mês de julho. Não há sinais, porém, do surgimento de fato novo quanto à disputa pela Prefeitura de Fortaleza, a não ser pesquisas que estão sendo feitas para avaliações internas das consequências do recente motim de policiais cearenses em relação aos pretensos candidatos já conhecidos e o da situação, ainda não indicado.

Veja o comentário do jornalista Edison Silva sobre o assunto: