Governistas tiveram dificuldade para aprovar solicitação do Executivo. Foto: Divulgação.

Apesar da vantagem que tem sobre a bancada de oposição na Câmara Municipal de Fortaleza, a base governista do prefeito Roberto Cláudio tem tido dificuldade em aprovar matérias de interesse do Executivo. Na manhã desta quinta-feira (06), os vereadores aliados da gestão demoraram praticamente uma hora para aprovar solicitação de viagens internacionais para o chefe do Poder Executivo e seu vice, Moroni Torgan.

Enquanto somente um parlamentar se colocou contra a matéria, diversos vereadores subiram à tribuna do Plenário Fausto Arruda para pronunciamentos à espera de se atingir o quórum mínimo de presenças para votação. Por volta das 11:45, somente 14 parlamentares tinham registrado voto. A votação terminou meia hora depois, às 12:15, com 23 votos favoráveis, um contrário e uma abstenção.

O vereador Idalmir Feitosa (PL) reclamou da posição de seus pares. Defensor do Regimento Interno da Casa, o parlamentar afirmou que o documento tem sido “rasgado virulentamente”. “Tivemos aqui uma decisão de uma situação que nada tem a ver com o projeto em votação. Venho aqui dizer da minha impaciência e meu sofrimento com isso”, lamentou.

Márcio Martins (PROS), único voto contrário à proposta do prefeito Roberto Cláudio, também fez reclamação neste sentido. De acordo com ele, os muitos pronunciamentos feitos e repetidos pelos vereadores da base governista tinham como único objetivo tentar ganhar tempo e alcançar o quórum para a votação. Fizeram uso da palavra em defesa da autorização para o prefeito viajar os vereadores: Ésio Feitosa (PDT), Eron Moreira (PP), Márcio Cruz (PSD), Didi Mangueira (PDT), Adail Júnior (PDT) e Emanuel Acrízio (PRP).

Na tentativa de atingir o quórum, os vereadores precisaram chamar o presidente da Casa, Antonio Henrique (PDT), que convocou seus pares para participarem da votação em andamento. Após votação, Eron Moreira reclamou do posicionamento de Idalmir Feitosa e disse que os parlamentares da base governistas tinham, sim, respeitado o Regimento Interno do Legislativo Municipal.