Dra. Silvana afirmou ser dever da Assembleia lutar pelo não fechamento do hospital. Foto: ALECE

A deputada Dra. Silvana (PL), presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, voltou a tratar da crise financeira vivida pelo Hospital Batista, durante o primeiro expediente da sessão plenária desta sexta-feira (18). Segundo ela, que é médica, é papel do Parlamento buscar mecanismos legais para socorrer a população, considerando que o estabelecimento ‘presta um grande serviço ao povo cearense’.

A parlamentar lamentou que entraves burocráticos têm impedido que verbas da Prefeitura de Fortaleza sejam repassadas para o hospital. “Não podemos ter tanta rigidez técnica em uma situação como essa, senão perderemos um equipamento que oferece um serviço inestimável a nosso povo”, disse.

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Segundo ela, fora destinado, via bancada federal em Brasília, R$ 1,5 milhão para a Prefeitura de Fortaleza repassar para a entidade, mas, devido ao que chamou de ‘trâmites burocráticos’, esse recurso está ‘emperrado’. “Eu entendo que essa Casa não pode deixar de funcionar o hospital. Não é um compromisso da deputada Silvana, absolutamente, mas é um compromisso da Comissão de Saúde, que eu presido. Foi uma reivindicação dos deputados da comissão e nós nos aliamos para não deixar fechar o Hospital Batista, estamos contando com o apoio do presidente desta Casa, deputado Sarto (PDT) e contando com o nosso querido deputado Queiroz Filho (PDT), que é muito ligado ao prefeito de Fortaleza”, explicou ao Blog do Edison Silva.

A deputada disse ter ouvido as explicações da secretária municipal de saúde de Fortaleza, Joana Angélica Paiva Maciel, sobre os problemas que têm impedido o repasse. “Eu sinto que os entraves burocráticos que ela (secretária) apela não são convincentes para esta Casa, quando a gente ouviu do próprio presidente do Tribunal (de Justiça) que o socorro à população está acima da burocracia. Então, se a entidade mantenedora está com tudo OK, é obrigação sim da Prefeitura de Fortaleza repassar os recursos para salvar o hospital”, cobrou a parlamentar.

Apartes

O deputado Carlos Felipe (PCdoB) considerou que ações coordenadas entre parlamento e os governos podem gerar um mecanismo legal que sane a questão do Hospital Batista. “Ela é de grande valor no momento de realizarmos procedimentos de alta complexidade, então é muito triste vislumbrarmos a possibilidade da perda de um hospital dessa magnitude”, disse.

O deputado Queiroz Filho (PDT) lembrou que 90% da população cearense não têm condições de pagar um plano de saúde. “Saúde é um direito do povo garantido pela nossa Constituição, que acabou de fazer 30 anos, então temos que brigar sim para que a saúde seja universal em nosso Estado”, defendeu.