Segundo O Estadão, Cid Gomes é articulador de novo bloco político no Senado. Foto: Agência Senado

Cid Gomes (PDT), senador eleito pelo Ceará, mesmo antes de assumir o mandato, o que acontecerá no  dia primeiro de fevereiro, tem estado, frequentemente no noticiário político nacional. Primeiro foi com o movimento de criação de um bloco de oposição ao Governo do presidente Jair Bolsonaro, sem a participação do PT. Depois foi com a movimentação para o lançamento de um candidato a presidente do Senado, concorrendo com Renan Calheiro (MDB), o nome mais citado naquele momento.

Cid, semanalmente, tem estado em Brasília, mesmo com o Congresso de recesso. Hoje, sexta-feira, 25, tinha um encontro programado com senadores da oposição, para tratarem da disputa pela Mesa do Senado. O PT não estava na relação dos partidos com representação nesse bloco de oposição, que, por interferência de Cid, tem no senador Tasso Jereissati (PSDB), uma alternativa de candidatura da oposição à Presidência do Senado.

De acordo com informações do repórter Renan Truffi, do Jornal O Estado de São Paulo, publicadas no site do Estadão, o Partido Democrático Trabalhista (PDT), com Cid à frente, está articulando, junto com 12 partidos a criação de um bloco,  o novo “Centrão” do Senado, que poderia apresentar candidato para a presidência.

Com o discurso de maior “independência” em relação ao governo de Jair Bolsonaro, diz a matéria do periódico paulistano, o senador Cid Gomes (PDT) trabalha para formar um grande grupo de partidos no Senado, nos moldes do que foi o Centrão na Câmara. Sua intenção é juntar 12 partidos e uma maioria de 50 senadores em um único bloco ainda antes da eleição interna, em primeiro de fevereiro. A ideia é aproveitar a força do grupo para propor mudanças e permitir maior distribuição de poderes da presidência da Casa e na Mesa Diretora.

Até agora, o bloco informal liderado por Cid antes mesmo de sua posse é formado por quatro siglas, PDT, PSB, PPS e Rede. O irmão de Ciro Gomes (PDT), derrotado no primeiro turno da disputa presidencial de outubro, tem se aproximado de lideranças de outras sete agremiações: PP, PTB, PSC, PSDB, PSD, Podemos, PRB e DEM. Nas conversas, eles discutem a criação de um agenda única tanto para a reestruturação de algumas dinâmicas internas do Senado como para a análise de pautas consideradas importantes para o País.