O União Brasil, no Ceará, é liderado pelo deputado federal Capitão Wagner. Foto: Divulgação/Assessoria.

O programa O Blog do Edison Silva na Rádio Assunção Cearense começou, nesta segunda-feira (16), destacando uma matéria de capa do UOL: “Alta de 24% da energia elétrica no Ceará provocou reação no Congresso

“A recordista foi a Enel Ceará, com reajuste acima de 24%. O baque foi tão forte no estado que deflagrou uma reação extrema na bancada do Ceará na Câmara e levantou uma discussão no Congresso e no governo, sobre a necessidade de mudar a estrutura da conta de luz no Brasil. Para forçar o debate, o deputado Domingos Neto (PSD/CE) propôs, e conseguiu aprovar, a urgência na tramitação de um PDL (projeto de decreto legislativo) para suspender na caneta o reajuste no Ceará. Foram 410 votos a favor e 11 contra. Na ocasião, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas/AL), disse que o projeto ainda poderia incluir outros estados com reajustes elevados”.

Posto o bode na sala, a reação das associações empresariais foi imediata: a suspensão seria quebra de contrato, elevaria o risco Brasil e afastaria investidores. Uma audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara, na última quinta-feira (12), reuniu representantes de todos os segmentos para debater soluções estruturais.

“Se a gente levar a plenário, o PDL passa, porque ninguém vai ter coragem de votar contra no meio dessa crise e em um ano eleitoral”, diz o deputado Vaidon Oliveira (União/CE), relator do decreto. ‘Mas analisamos as justificativas para o aumento no Ceará, estão muito bem explicadas em quase mil páginas de um relatório. A gente até pode derrubar com duas folhas de papel, mas é importante conversar com a bancada de outros estados antes’. Segundo Vaidon, existe uma certa expectativa em relação aos reajustes em São Paulo e Minas Gerais, que tendem a vir igualmente elevados e sensibilizar os deputados desses estados. Para Minas Gerais, por exemplo, fontes do setor que preferem não ter o nome divulgado, projetam alta de 20%; São Paulo deve ter patamar semelhante”.

Assim como o problema dos preços dos combustíveis, o da energia elétrica vai reclamar a queda do ICMS cobrado por estados nas contas de energia. De fato, o maior valor de recursos arrecadados pelo Ceará é com o ICMS dos combustíveis, energia e comunicações.

São alíquotas elevadas. Reduzir o ICMS será um prejuízo grande na arrecadação estadual e dos demais Estados. A questão do ICMS está judicializada no Supremo Tribunal Federal, por iniciativa da Advocacia-Geral da União (AGU), razão de uma liminar do ministro André Mendonça, a qual fala o presidente Jair Bolsonaro (PL) elogiou.

O prazo de criação de federações partidárias encerra no dia 31 de maio, segundo decisão do STF. Até o momento, só tem um processo de solicitação de federação: a do PT, PCdoB e PV.

A federação do Cidadania com o PSDB não andou. O Cidadania/CE conta para eleger um deputado federal, no caso, o do ex-vice-governador Moroni Torgan. Segundo o apresentador do Programa, a votação dele, neste ano, é uma incógnita.

Moroni sempre foi o deputado federal com mais votos em Fortaleza, complementando suas eleições com votos do interior. Ele foi eleito vice-prefeito da Capital, em 2016, e de lá até aqui, sofreu duas derrotas com candidaturas do seu filho, Mosiah, tanto para deputado federal quanto para vereador. Moroni Torgan pode repetir o sufrágio antes obtido em Fortaleza, ou tirar menos votos. De qualquer forma, sem a federação partidária, quando ele poderia ser beneficiado com as votações dos pleiteantes do PSDB. No ambiente político, ele não está na relação dos possíveis eleitos.

O ex-senador Pedro Simon (RS), da “velha guarda” do MDB, deu uma longa entrevista ao Estadão, na edição do último domingo (15), onde critica o comportamento de lideranças emedebistas. Ele defende a candidatura da senadora Simone Tebet (MS) à presidência da República. Simon fez declarações duras ao falar dos senadores Jader Barbalho (PA) e Renan Calheiros (AL) e de Eunício Oliveira (CE), ex-senador. 

Em relação à Barbalho, lembra quando o pai de Simone Tebet, Ramez Tebet, presidia o Senado Federal e reuniu-se para afastá-lo da Casa. Em meio à entrevista, Simon é indagado: “Mas como avalia a força dos emedebistas que apoiam Lula, como Renan Calheiros e Eunício Oliveira?”

Ele responde: “Esse grupo está identificado com a Operação Lava Jato. Está provado e reconhecido, embora os processos não andem porque o Supremo Tribunal Federal deixou na gaveta. A marca que eles deixaram é triste e dolorosa. Lula deveria estar na cadeia e essas pessoas deveriam estar respondendo a seus processos. Esses nomes têm condenações graves e sérias, mas o Supremo fez uma espécie de troca-troca: um não mexe com o outro”.

Outro questionamento, sobre a presença de bolsonaristas no MDB, disse: “Os que querem Bolsonaro estão encantados com os favores, vantagens e emendas do Orçamento. A coisa está tão mal parada que lembro de uma frase do doutor Ulysses (Guimarães) quando a gente se queixava do Congresso: “Se esse Congresso é horrível, espera até vir o próximo”. Bolsonaro está muito longe do que é bom para o Brasil”. E por fim, Pedro Simon lamenta ter que votar em branco, caso o segundo turno das eleições seja entre Lula e Bolsonaro.

Os candidatos a deputado federal pelo União Brasil terão garantidos um alto volume de recursos do Fundo Eleitoral. A sigla reservou R$ 600 milhões para distribuir entre seus pleiteantes e o propósito é eleger até 60 deputados federais. Não há notícias em relação aos recursos aos deputados estaduais.

O União é a agremiação que mais dinheiro terá do Fundo Eleitoral, para a campanha de seus filiados. Para efeito de distribuição dos recursos entre os partidos, é levado em consideração o número de deputados federais eleitos em 2018, elegendo, neste pleito, um total de 81 deputados, sendo 52 do PSL, então partido do presidente Bolsonaro, e 29 do DEM.

O prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), voltou a defender, na manhã desta segunda-feira, em entrevista à rádio FM Assembleia, o nome do ex-prefeito da Capital, Roberto Cláudio (PDT), como o nome do grupo governista ao Governo do Estado. Sarto já havia feito uma manifestação, ainda neste ano, enfatizando ser um posicionamento dele, individualmente.

No último final de semana, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, em uma entrevista, disse que “Roberto Cláudio é, no momento, o nome do partido em disputar com Capitão Wagner”, motivando uma série de manifestações nas redes sociais, inclusive pelo fato de, no mesmo dia, sábado último, o ex-governador Camilo Santana (PT) publicar uma nota elogiando o trabalho da governadora Izolda Cela.

Os que são contra Roberto disseram que Camilo, ao dizer o óbvio, que Izolda “é merecidamente nossa governadora”, estava respondendo a Lupi.

Sarto também falou sobre uma possível vitória de Lula. O prefeito de Fortaleza é um dos pedetistas com maior ligação pessoal com o presidenciável Ciro Gomes. 

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, no encerramento de um congresso de magistrados, em Salvador/BA, no último sábado, foi enfático ao dizer que a Justiça Eleitoral irá diplomar, em 19 de dezembro, o próximo presidente da República, eleitos no pleito de outubro. Ele também ressaltou a realização de eleições limpas e com urnas eletrônicas.

O Blog do Edison Silva na Rádio Assunção Cearense vai ao ar de segunda a sexta, das 11h45 às 12h15, logo ​após o programa “É Tempo de Bola”.

Assista ao programa desta segunda-feira (16/05):