Manifestantes contra polarização partidária na Avenida Paulista em São Paulo. Foto: Reprodução/ Twitter/MBL

No último domingo (12), em diversas cidades do país, com público muito menor que o esperado, aconteceram manifestações pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro, convocadas pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo grupo Vem pra Rua. Os protestos, previstos para 19 capitais, são uma respostas às manifestações de 7 de setembro, que foram a favor do presidente.

Participaram do ato em São Paulo políticos como João Doria, governador de São Paulo; o ex-ministro Ciro Gomes, candidato à presidência pelo PDT, o ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta, e João Amoêdo (Novo).

“Nós somos diferentes, temos caminhadas diferentes, temos olhar sobre o futuro do Brasil diferentes”, disse o presidenciável Ciro Gomes durante o ato, conforme publicado no Estadão. “Mas o que nos reúne é o que deve unir toda sociedade civicamente sadia, é a ameaça da morte da democracia e do poder da nação brasileira”, afirmou o pedetista.

Em Brasília, o ato tem a participação de aproximadamente 100 pessoas, que se concentraram próximas à Biblioteca Nacional, afirmou a CNN. Já no Rio de Janeiro, os manifestantes se concentraram em Copacabana, na zona sul, ao lado de um carro de som a partir das 10h. No começo da tarde, o ato já havia sido encerrado.

Em Salvador, Manaus e Belo Horizonte, os atos aconteceram a partir das 8h, mas também já estavam dispersos no começo da tarde. Protestos também foram convocados em Florianópolis, Curitiba, Goiânia e São Luís. Na capital mineira, o ato ficou concentrado na Praça da Liberdade, região central, e foi encerrado por volta de 12h50. Manifestantes carregavam bandeiras de partidos políticos e cartazes contra o governo, noticiou a CNN. Já na capital paranaense, os manifestantes se reúnem na Boca Maldita, região central da cidade, e por volta das 16h os manifestantes continuavam no local.

Os manifestantes pedem também mais vacinas contra a COVID-19 e o respeito à democracia e às instituições. A intenção dos organizadores era unificar movimentos de oposição a Bolsonaro.

O deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, fez piada com o pequeno número de manifestantes nos atos a favor do impeachment do pai. Ele publicou fotos dos protestos em Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória com baixa adesão e escreveu ”Cuidado! Cenas fortes…”.

Militantes de parte da esquerda usaram as redes sociais neste domingo para criticar as manifestações convocadas por grupos de centro-direita. A direção do PT já anunciou uma manifestação contra Bolsonaro para 2 de outubro. No entanto, alguns nomes da esquerda participaram dos atos de hoje, como a deputada estadual Isa Penna (PSOL-SP) e o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP).

Fortaleza 

Na capital cearense, o protesto foi organizado na Praça Portugal, localizada no bairro aldeota. Os manifestantes estavam vestidos de branco, e gritaram palavras de ordem contra o atual presidente e contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Havia faixas e cartazes com os dizeres: ”Nem Lula nem Bolsonaro”, em referência à polarização política protagonizada entre as duas principais lideranças da esquerda e da direita, respectivamente, apontadas como favoritas para as eleições de 2022.

Os participantes também acusaram Jair Bolsonaro de liderar tentativas de golpe contra a democracia: “Bolsonaro na cadeia. Fora Bolsonaro Golpista”, diziam alguns deles.

Fonte: ConJur