Foto: Reprodução

Ciro Gomes foi à TV da Transparência, ao meio dia desta sexta-feira, para falar sobre a sua atuação como ministro da Fazenda, na implantação do Plano Real, em 1994, “convocado” pelo presidente Itamar Franco. Ele era governador do Ceará, disse que inicialmente não aceitou o chamamento do presidente Itamar, mas, 48 horas depois reconsiderou sua posição, após ouvir o seu pai, José Euclides Ferreira Gomes e o ex-governador e senador Tasso Jereissati. Ele falou das primeiras medidas adotadas, dentre elas a que liberou compras de mercadorias de valor até U$ 50, que durou 30 anos, até que agora, por decisão do Congresso Nacional, o Governo Lula resolveu taxar essas compras com 20% de impostos.

Depois de falar sobre economia, Ciro tratou da administração estadual, para fazer novas acusações ao Governador Elmano de Freitas. Ele disse que no Palácio da Abolição trabalhava um oficial da Polícia Militar, que foi preso por policiais de outro Estado, por envolvimento com uma facção criminosa, o PCC. O oficial, segundo ele, Robério Nunes, está preso no Quartel da Policia Militar. Este Oficial está arrolado como testemunha do próprio Ciro, no processo em que ele responde, por ter dito que a senadora Janaína, era assessora do ex-governador Camilo Santana, para assuntos de cama. Ciro Gomes não esconde que o indicou para constrangê-la, e, “ela sabe por que”, disse.

Ciro, sem nominá-los, acusou os irmãos, Cid e Ivo Gomes, este prefeito de Sobral, pelo fato  de as facções criminosas estarem mandando na cidade, ao só permitir que alguns candidatos à Câmara Municipal de Sobral, entre em alguns bairros da cidade para fazerem campanha se pagarem, individualmente R$ 60.Também não poupou a irmã, deputada Lia Ferreira Gomes, por ter criticado o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, de votar lá, matéria em regime de urgência e calar, na Assembleia Legislativa cearense, pela prática do mesmo expediente.

O governador Elmano de Freitas, segundo Ciro, demitiu alguns ladrões, mas não disse à sociedade porque os colocou fora do Governo, e nem mandou abrir processo administrativo. Também, o Ministério Público não abriu o processo criminal, para levar os ladrões à prisão e o dinheiro que hoje está empregado em “imóveis no Porto das Dunas”, volte aos cofres do erário  estadual. Ciro voltou a provocar a  Assembleia, pelo fato de os deputados do Governo, não aprovarem o requerimento de convocação dele, como solicitado pelo deputado Sargento Reginauro, para ele provar que em setores da administração estadual, toda obra do Governo é feita com o “pagamento de propina”.

Além de acusações e críticas ao ministro Camilo, que segundo Ciro, nada entende de Educação, pois se aproveitou de outras pessoas, ele fez carga contra o deputado José Guimarães, lembrando a história dos dólares na cueca, dizendo que o deputado domina o setor da Educação, nomeando, por critérios políticos, diretores de escolas, sem a devida qualificação.