Manifestantes estiveram protestando em frente à Assembleia Legislativa do Ceará. Foto: Divulgação

Representantes dos servidores públicos federais (UFC), estaduais (professores), realizaram uma manifestação, na manhã desta quarta-feira (14), em frente a Assembleia Legislativa do Ceará. Durante o protesto, os manifestantes acusaram o governador Elmano de Freitas de “traição”, após ser eleito com o apoio dos trabalhadores e trabalhadoras do Estado.

“Traiu ao condenar a greve do Detran, traiu ao condenar a greve da Urca, ao condenar a geve da Uece, ao perseguir os trabalhadores em greve. Traiu a classe trabalhadora ao não dar o reajuste dos servidores com retroativo. Não podemos aceitar que um governador eleito pela classe trabalhadora, possa, em um momento que assume o poder, fazer esse tipo de atitude”, criricou o coordenador do Sindicato Mova-se, Pádua Araújo.

Além de Elmano, o prefeito de Fortaleza, José Sarto, também foi cobrado, principalmente, no que diz respeito à segurança dos servidores da Saúde. Os manifestantes lembraram o caso de funcionário do Instituto Dr. José Frota (IJF), que foi assassinado e decapitado nas dependências do equipamento público.

O presidente da Câmara Federal, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) também foi lembrado pelos servidores públicos. Os manifestantes entoaram gritos contra o chefe do Legislativo Federal. “O povo na rua, Lira a culpa é sua”, pontuaram. A manifestação foi realizada em frente a sede da Assembleia Legislativa e se deslocou até a Praça da Imprensa.

Sob o tema “Municipais em Marcha – Servidores nas ruas pela reconstrução de direitos”, o ato reiterou o compromisso com a reconstrução do Brasil pós-governo Bolsonaro, a revogação das reformas neoliberais, a valorização dos serviços e dos servidores públicos, além do fim do desmantelamento das prefeituras com a chegada de novas administrações. O evento também coincidiu com a Greve Geral da Educação.

Veja as pautas de reivindicações da marcha:

– Serviços Públicos de qualidade;

– Fim da PEC 32 (Reforma Administrativa);

– Revogação das reformas neoliberais;

– Valorização e melhorias nas condições de trabalho dos servidores municipais;

– Defesa do Meio Ambiente;

– Fim do desmonte dos municípios após as eleições municipais;

– Concurso público e estabilidade;

– Mais recursos vinculados à saúde, educação e assistência social;

– Mais investimentos públicos;

– Aprovação dos pisos salariais em todas as categorias do serviço público;

– Regulamentação da Convenção 151 da OIT;

– Promoção de políticas de igualdade de oportunidades para as mulheres, negros e negras, pessoas com deficiência e LGBTQIAPN+;

– Luta pela ratificação da Convenção 190;

– Combate a todas as formas de precarização das relações de trabalho;

– Igualdade de gênero no serviço público;

– Combate às práticas antissindicais;

– Implementação das leis nos municípios;

– Garantia de condições de trabalho e saúde do/a trabalhador/a;

– Acesso à informação, ao orçamento participativo e ao fortalecimento do controle social;

– Defesa das estatais, soberania nacional e segurança alimentar;

– Portaria 960 – Pagamento por desempenho da saúde bucal na Atenção Primária à Saúde – APS;

– Saúde do/a trabalhador/a (física e mental);

– Inclusão no serviço público;

– Revisão da Reforma da Previdência do Estado do Ceará.