Os professores protestaram em frente à sede da Câmara de Fortaleza. Foto: Divulgação

Diversos professores da rede pública de ensino estiveram, na manhã desta terça-feira (06), no entorno da Câmara Municipal de Fortaleza e no auditório da Casa reivindicando por melhorias salariais. A categoria, que está paralisada há cerca de uma semana se reuniu com vereadores da Capital cearense e pautaram os pronunciamentos feitos no dia.

Após pressão dos profissionais da Educação foi formada uma comissão de vereadores para receber os professores. O encontro, realizado no auditório Ademar Arruda, teve como pauta a reivindicação dos educadores da rede pública para o pagamento do reajuste de 10,09% nos salários, o fim do desconto de 14% nos vencimentos dos aposentados e a quitação do precatório do antigo Fundef, pendente desde 2015.

Os educadores também apresentaram como demandas, a equiparação de direitos para os docentes aprovados no concurso de 2022, que perderam os benefícios dos anuênios e da licença-prêmio, a inclusão dos funcionários de escola no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da Educação, assim como a aplicação da CLT para os professores substitutos e a realização de concursos públicos para professores, técnicos, supervisores e orientadores.

O pedido de formação da Comissão foi feito pelo vice-líder do governo, Didi Mangueira (PDT), durante o Pequeno Expediente. O vereador Professor Enilson (Cidadania) também pontuou sobre a negociação, defendendo a valorização dos profissionais. “Sempre são uma referência na questão da luta e salutar a negociação pois tenho certeza que o prefeito fará o melhor caminho, assim como fez o maior concurso da história e vem fazendo em diversas áreas. O olhar dele para a educação é diferenciado. Sabemos que a educação é a base do sucesso e o futuro das nossas crianças”, declarou.

Júlio Brizzi (PDT) manifestou apoio aos professores, destacando que a pauta é uma luta justa. Segundo a presidente do Sindiute, Ana Cristina Guilherme, a bancada de oposição, formada por 11 vereadores, se comprometeu em assinar projetos de Indicação que atendam as reivindicações da categoria. Já Didi Mangueira teria afirmado que a base governista também assinaria as propostas.

O vereador Eudes Bringel (PSB) solicitou do prefeito o pagamento do reajuste salarial reivindicado pelos educadores da rede pública, assim como Dr. Vicente (PT). “Prefeito Sarto, dê logo o piso salarial dos educadores. O piso já é uma lei, direito e não é justo que os professores não recebam. Eles estão na luta, engrandecendo o nosso país e merecem o mais depressa possível o pagamento do piso salarial”, disse.

Piso

A vereadora professora Adriana Almeida (PT) apontou que a proposta apresentada pelo prefeito não contempla a reivindicação da categoria. “O que eles querem nada mais é que um aumento real do piso salarial de 10,09%, mas o que o prefeito está dando é os 3,62% que já é do piso nacional mais um pouco menos de 1% que chega até a inflação e por fora 5,5% que já é nosso, da nossa regência. Então qualquer soma simples, a gente vai compreender que isso não dá os 10,09%, por isso a categoria manteve a greve”, apontou.

Vice- líder da base aliada, Carlos Mesquita (PDT) destacou que as negociações devem se encaminhar para um acordo. “É muito justo, pois se temos uma das melhores educações do país e do Nordeste, essa educação tem que ser bem paga e nós entendemos que o prefeito não está poupando nada daquilo que ele pode para que os professores tenham o melhor”, salientou.