Mota acredita que pode atingir o número de assinaturas para instalação da CPI. Foto: Miguel Martins

Apesar de ter conseguido mais um integrante no retorno dos trabalhos, a bancada de oposição na Assembleia Legislativa não deve atingir o número de assinaturas suficientes para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Cagece. Proposta pelo deputado Felipe Mota (UB), a pretensa investigação não teria um fator específico para ser iniciada.

Mota contava com as assinaturas de alguns de seus pares, que, em conversas nos bastidores da Assembleia Legislativa, já se sabe não assinarão o pedido de CPI. A bancada de oposição esperava o apoio de Marta Gonçalves, do PL, e Emília Pessoa (PSDB), que não têm interesse em aderir à proposta.

No início dos trabalhos deste ano, o deputado Lucinildo Frota resolveu se filiar ao PDT e se alinhar à oposição ao Governo Elmano de Freitas. Junto dele, também fazem parte do grupo os deputados Felipe Mota, Sargento Reginauro, Moses Rodrigues, Carmelo Neto, Dra. Silvana, Pastor Alcides Fernandes, Antônio Henrique, Queiroz Filho, Cláudio Pinho. Esses parlamentares devem assinar o pedido de CPI, quando as assinaturas começarem a ser colhidas. A quantidade mínima é de 12 apoios.

Felipe Mota se mostra otimista na busca por assinaturas, mas ressaltou que não conseguindo os apoios vai à tribuna tratar do tema. “Vou apresentar a CPI da Cagece a esses líderes (que ainda serão indicados). Existe a Cagece e a Enel. Os dois são as maiores empresas com maiores números de reclamantes. Por que a gente investiga a Enel e não pode investigar a Cagece?”, questionou.

Cagece

Segundo ele, o objetivo do inquérito seria investigar o aumento de tarifa, o salário dos conselheiros, a empresa de dessalinização, que conforme diss, pode prejudicar o sistema de internet do Brasil. “Não quero politizar, quero trazer para os cearenses o que pode ser modificado, alterado. Fazer politização de CPI nunca é bom”.

Ainda de acordo com ele, a cada 10 litros de água tratada pela Cagece, cinco são desperdiçados. Segundo diss, em um Estado com seca poderia haver um melhor tratamento. “Vamos conseguir as assinaturas. Agora, eu preservo meus colegas. Se não conseguir, eu vou à tribuna e dizer. Mas vamos investigar”.