Fernando Santana acredita que houve avanço em diálogo com a Aneel. Foto: ALCE

Após visita a órgãos de fiscalização em Brasília, na terça-feira (07), o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel, o deputado Fernando Santana (PT) destacou alguns avanços, ainda que pequenos, em sua empreitada para melhorar os serviços de fornecimento de energia no Ceará. Segundo ele, a Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel pediu um prazo de 15 dias para apresentar um plano de soluções para o Estado.

Membros da CPI se deslocaram até Brasília e participaram de agendas que Santana considerou “importante e imprescindível na busca da melhoria da qualidade de serviços prestados pela Enel”. “Está com mais de dois anos que estamos nesta Casa denunciando essa empresa Enel. A má prestação de serviço, o desrespeito com a população, a falta de resposta para o povo, a falta de ação para solucionar o problema em tempo hábil”, disse.

Segundo ele, mesmo sem ter concluído o trabalho do colegiado, a CPI já colheu diversas denúncias e milhares de reclamações da população. Em Brasília, os membros do grupo se reuniram na Secretaria Nacional do Direito do Consumidor e com representantes da Aneel. Segundo ele, “quem manda na Enel é a Aneel”.

“Pela primeira vez tive um fio de esperança de que alguma coisa poderá acontecer. E que a Enel Ceará ou muda ou se muda do Estado do Ceará, porque ninguém aguenta mais essa empresa. Dinheiro para mudar, ela tem. Lucro dobrado em poucos anos, passando de R$ 500 milhões. Se ela quiser mudar, hoje, o formato de trabalhar, ela tem condições. Se não,que ela se mude do Estado do Ceará. Ninguém aguenta mais o desrespeito dessa empresa com o povo cearense”, apontou.

Conforme informou, a Secretaria Nacional do Consumidor afirmou que vai buscar, dentro de suas atribuições, fazer com que a Enel mude o formato de trabalho, aplicando sanções cabíveis. “Fomos à Aneel, que tenho dito e vou continuar dizendo, é um puxadinho para defender a Enel. São as demonstrações de quanto estivemos lá. Ontem, a Aneel parece que acordou. Eu sei porque. Com a problemática de São Paulo, de Goiás e parte do Rio de Janeiro, a Agência Nacional não tem mais o que fazer, vai ter que tomar uma providência”.

CPI

De acordo com ele, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, ouviu as demandas da CPI, as mesmas mostradas em fevereiro e até agora não deu resposta, e solicitou um prazo de 15 dias para se reunir com a equipe ténica e apresentar planos de soluções para o Ceará. “Ontem, a equipe técnica, um a um, disse que tudo o que estávamos denunciando era verdadeiro, que os índices caíram. É como se a Enel estivesse no fundo do poço. Então, tudo o que ela fizer melhora um pouquinho. Mas no dia a dia da população, ela tem é piorado e muito”.

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