Carmelo Neto sugeriu a apresentação de emendas para melhorar o texto encaminhado pelo Poder Executivo. Foto: ALCE

Iniciou tramitação na sessão desta terça-feira (14), na Assembleia Legislativa, projeto do Governo do Estado, que versa sobre a gratuidade de transporte público na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) por um período determinado de tempo. A oposição, porém, reclamou que o benefício não será atribuído aos moradores da Capital cearense que queiram se deslocar para outras cidades da região.

De acordo com o programa VaiVem Livre, será oferecido transporte público gratuito na Região Metropolitana de Fortaleza a pessoas de baixa renda, com uma passagem de ida e volta entre os municípios e a Capital. Segundo o deputado Cláudio Pinho (PDT), embora seja uma iniciativa louvável do Executivo estadual, a proposta precisa ser melhor aprimorada.

“O que me impressiona nesse projeto é a discriminação com a população de Fortaleza, pois ele vai beneficiar os residentes nos municípios da Região Metropolitana de Fortaleza, com exceção da Capital. Ou seja, se um trabalhador de Fortaleza quiser se deslocar para Horizonte, ele não vai ser contemplado pelo programa. Nós temos que enxergar aqueles que não são vistos. Os anônimos que estão na labuta, atrás da sobrevivência. Esta Casa vai conversar com o governador para que ele se senbilize. Mostrar que o fortalezense também é gente”, enfatizou.

Queiroz Filho (PDT) lembrou que essa foi uma proposta de campanha do governador Elmano de Freitas. Segundo ele, o Governo precisa explicar a exclusão da Capital no projeto. “O Governo cortou a concessão de um recurso para baratear a passagem municipal e agora essa perseguição. Não sei por que isso acontece”, disse.

Para Cláudio Pinho o que existe é uma “perseguição” ao povo fortalezense. As falas dele também foram corroboradas por Sargento Reginauro (UB), também membro da oposição. Segundo ele, a “briga” entre Governo do Estado e Prefeitura de Fortaleza “passou de todos os limites”. “Parece que não tem nem petista nesta cidade, porque o governador só governa para o público dele. A todo momento, deixa de lado Fortaleza, como se Fortaleza não pertencesse ao Ceará”, disparou.

Carmelo Neto (PL) afirmou que a matéria, do jeito que chegou na Assembleia Legislativa, não beneficia os moradores de Fortaleza que trabalham na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). “A gente vai buscar melhorias para esse projeto”, defendeu o parlamentar.