Assunto foi levado à tribuna pelo presidente da CPI da Enel, o deputado Fernando Santana. Foto: ALCE

Depois de realizar encontros com representantes da Enel, o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os serviços prestados pela empresa, o deputado Fernando Santana (PT), afirmou que a fornecedora de energia “tem que pedir perdão ao povo cearense”. Segundo disse, ela voltará a ser convocada para prestar esclarecimentos sobre as denúncias recebidas, e caso se negue, a visita será coercitiva.

Segundo ele, no encontro com a presidente da Enel no Ceará, Márcia Sandra Roque Vieira Silva, e com o diretor Institucional Estadual da empresa, Osvaldo Ferrer, foi proposto um plano de expansão no Estado. “A Enel que não venha com conversa fiada. Ou ela muda ou se muda do Ceará”, disparou Santana. Conforme informou, após conclusão dos trabalhos da CPI, um relatório será encaminhado à Justiça e órgãos competentes solicitando punição para a empresa.

“A Enel tem que pedir desculpas, pedir perdão ao povo cearense pelo tamanho desrespeito, por ter feito o povo sofrer por mais de 20 anos e ainda ser considerada a pior empresa que já passou pelo Ceará”, cobrou.  Ele ressaltou que a Enel também está sendo investigada em São Paulo por má prestação de serviços e não recebeu os gestores públicos para tratar do problema.

“Ela só quer o lucro. Levar o dinheiro do povo do Ceará. Essa Casa não aceita mais. A CPI não aceitará o desrespeito dessa empresa”, disse. Conforme lembrou Cláudio Pinho (PDT), gestores municipais têm tido dificuldades em inaugurar obras por falta de ligação de energia. Ele afirmou, ainda, que “a sociedade está à espera de um resultado porque não pode continuar da forma em que está”.

Guilherme Bismarck (PDT) voltou a defender que o Estado assuma a prestação dos serviços de fornecimento de energia elétrica no Ceará. Ele também lembrou caso de empresário local que tem tido dificuldade para ligação de energia em seu empreendimento.“O Ceará é um exemplo de gestão para o Brasil, em termos de gestão pública”, defendeu.