Enquanto oposição aponta aumento da violência, base governista mostra que houve redução na criminalidade. Foto: ALCE

Os casos de violência na Capital e no Interior nortearam os debates na Assembleia Legislativa do Ceará nesta semana. Enquanto a oposição cobra medidas mais efetivas para melhorar a Segurança Pública do Estado, governistas apontaram números que mostram melhoria na área nos últimos anos.

O líder do Governo na Casa, o deputado Romeu Aldigueri (PDT), em pronunciamento na manhã desta quinta-feira (26), apresentou números oficiais da violência no Estado. Segundo ele, neste ano ao menos três crianças de zero a 12 anos foram vítimas de homicídio, ou do chamado Crime Violento Letal Intencional, o CVLI, entre janeiro e setembro de 2023. Em 2011, segundo ele, foram 11 casos.

“Nós temos uma morte de criança registrada a cada 100 dias, a cada 2.400 horas, e não a cada 38 horas, como foi noticiado. Esse é um erro, um equívoco grave e que precisa ser reparado”, defendeu Aldigueri. Ainda de acordo com ele, os crimes de execução envolvendo adolescentes de 12 a 17 anos tiveram uma redução de 64% tiveram redução se comparado o período de janeiro a setembro de 2023 com o que ocorreu há dez anos, em 2013.

“Nos nove primeiros meses de 2023, comparados com o mesmo período do ano passado, houve uma redução de 25% nos casos, pois já tivemos 123 ocorrências registradas, enquanto em 2022, foram 164 casos”, assinalou o deputado.

Sargento Reginauro (UB), por outro lado, voltou a defender políticas públicas para combater a insegurança no Estado. Conforme informou, os números vêm aumentando, principalmente, com o comando de territórios por facções criminosas. “É preciso sair dessa bolha e ir até as periferias ver as facções tomando as casas dos cidadãos. É isso que o povo está vivendo”.

Segurança

Ele voltou a afirmar que o Governo do Estado não tem um plano de segurança para o Ceará. Afirmou, ainda, que apresentou diversas propostas para a área, que teriam, segundo disse, rejeitadas pela base governista do governador Elmano de Freitas.

Reginauro lembrou que Capitão Wagner (UB) apresentou um plano de segurança elaborado por especialistas, mas nada foi colocado em prática. Ainda de acordo com ele, somente nos nove primeiros meses deste ano, já ocorreram 2.240 homicídios, sendo 275 envolvendo crianças e adolescentes assassinados.