Filho de prefeito em segundo mandato, Guilherme Bismarck disse ser contrário à reeleição. Foto: ALCE

Diante da nova discussão no Congresso Nacional de “mudanças pontuais” na Legislação Eleitoral, o tema voltou a ser debatido na Assembleia do Ceará na sessão ordinária desta terça-feira (05). O assunto foi levado à tribuna pelo deputado Guilherme Bismarck (PDT), que defendeu a chamada “eleições conjuntas”, em que todos os cargos eletivos seriam disputados em um único pleito.

Ele ainda defendeu que os mandatos atuais sejam emendados, deixando o presidente Lula, por exemplo, governando até 2028 e não 2026, como autoriza a atual Legislação, que determina um mandato presidencial de, no máximo, quatro anos, com direito a uma reeleição subsequente. “Deveríamos emendar os mandatos, deixar o presidente Lula até 2028, quando realizaríamos uma eleição geral para todos os cargos”, disse.

Outro ponto defendido pelo pedetista é o fim do direito à reeleição, que em sua avaliação “desgasta” a imagem do político junto à população, e que, muitas vezes, postulantes buscam mandatos apenas em prol da reeleição e não da população. Guilherme é filho do prefeito de Aracati Bismarck Maia, que está no seu segundo mandato seguido como gestor municipal.

Para ele, uma Reforma Política concreta tornaria o Brasil um País mais estável e reduziria as tensões políticas vivenciadas entre a população e políticos nos últimos anos. “Praticamente ano sim e ano não, passamos por eleição. Um prefeito, por exemplo, já se elege sendo cobrado para uma próxima eleição. É preciso debater esse assunto bastante relevante”, afirmou.

O parlamentar também pontuou que a Reforma Política pode garantir uma melhor distribuição de recursos entre os entes federados. “A Reforma é também para que os recursos venham para os municípios para que os prefeitos possam atender as demandas da população”, destacou.