Lula engrandeceu o papel da democracia que o fez estar novamente falando na Assembleia Geral da ONU, pela terceira vez como presidente do Brasil. Foto: Reprodução/ Governo Federal

Nesta terça-feira (19), em Nova Iorque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da abertura da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

O governo brasileiro geralmente faz o primeiro discurso da Assembleia Geral da ONU, seguido do presidente dos Estados Unidos. Essa tradição vem desde os princípios da organização, no fim dos anos 1940.

Lula discursou 20 anos depois de sua primeira assembleia e 14 anos após o último discurso como presidente. ”Volto hoje para dizer que mantenho minha inabalável confiança na humanidade, naquela época [há duas décadas] o mundo ainda não havia se dado conta da gravidade da crise climática hoje ela bate em nossas portas, destrói nossas casas, nossas cidades, nossos países, mata e impõe sofrimento aos nossos irmãos, sobretudo aos mais pobres”, disse.

O presidente defendeu novamente a pauta do combate a fome e afirmou que o mundo esta cada vez mais desigual. ”É preciso antes de tudo vencer a resignação que nos faz aceitar tamanha injustiça como fenômeno natural. Para vencer a desigualdade falta vontade política daqueles que governam o mundo”, salientou Lula.

O petista fez questão de destacar seu retorno a ONU em diversas oportunidades e engrandeceu o valor da democracia no Brasil: ”A democracia permitiu que vencêssemos o ódio, a desinformação e a opressão. A esperança mais uma vez venceu o medo. Nossa missão é unir o Brasil e reconstruir um país soberano, justo, sustentável, solidário, generoso e alegre. Nosso país está de volta para dar sua devida contribuição ao enfrentamento dos principais desafios globais”, explanou o presidente.

Lula ainda fez um alerta a Organização das Nações Unidas, lamentando o baixa quantia de metas alcançadas pela Agenda 2030, tendo em vista que falta menos de uma década para que a proposta seja então concluída e avaliada. ”A mais ampla e mais ambiciosa mobilização coletiva da ONU voltada para o desenvolvimento Agenda 2030 pode se transformar no seu maior fracasso. Estamos na metade do período de implantação e ainda muito distante das metas definidas. Nesses sete anos que nos restam para diminuir as desigualdades entre os países e entre eles deviriam se tornar objetivo síntese da Agenda 2030”, afirmou o político.

Durante seu discurso estavam presente e atentos à fala os presidentes Arthur Lira (Câmara Federal) e Rodrigo Pacheco (Senado Federal). A comitiva do Brasil é formada também por 12 ministros.

Confira trecho inicial da fala de Lula hoje (19):