Após adiado depoimento do general Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo de Jair Bolsonaro, a CPMI do 8 de Janeiro marcou para esta terça-feira (19) o depoimento de Osmar Crivelatti, ex-assessor da Presidência da República e atual integrante da equipe do ex-presidente.
Porém por uma decisão monocrática do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, o ex-assessor poderá se ausentar da oitiva. Com a liberação do habeas corpus a presença de Crivellati se torna facultativa. Ele mesmo afirmou que não irá comparecer.
A reunião para ouvir Osmar estava marcada para iniciar às 9h. Agora a CPMI poderá discutir se irá ativar o STF para convocação obrigatória de Crivellati à Comissão.
Já o depoimento de Braga Netto deve ser remarcado para 5 de outubro.
Histórico
Osmar Crivelatti foi coordenador administrativo da Ajudância de Ordens da Presidência da República e era subordinado ao tenente-coronel Mauro Cid. Para a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), uma das autoras do requerimento da oitiva (REQ 1.432/2023), é importante ouvir o ex-auxiliar para buscar esclarecer os fatos preparatórios dos atos do dia 8 de janeiro.
“A oitiva do senhor Osmar Crivellatti, segundo-tenente do Exército que trabalhou junto com Mauro Cid na Ajudância de Ordens da Presidência da República, nos parece fundamental para a investigação dos fatos desta comissão de inquérito”, afirma Eliziane. Além dela, outros parlamentares apresentaram requerimento semelhante, como o senador Rogério Carvalho (PT-SE).
Entre os temas que devem ser abordados pelos membros da CPMI, está o fato de o nome do tenente estar ligado a Mauro Cid no caso das investigações da Polícia Federal sobre a participação no processo de retirada de presentes recebidos de autoridades oficiais estrangeiras pelo ex-presidente e que estariam no gabinete-adjunto de Documentação Histórica do Palácio do Planalto.
Com informações do Senado Federal