Depois que Lula assumiu a nação, parece que as portas do inferno foram abertas”, disse Pastor Alcides. Foto: ALCE

Quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já votaram para deixar de se considerar crime o porte de maconha para consumo próprio. A discussão do tema na principal corte judicial do País foi tema de debate na Assembleia Legislativa do Ceará, na manhã desta quinta-feira (03), onde parlamentares conservadores criticaram a possibilidade de descriminalização do porte do entorpecente.

Médico, o deputado Fernando Hugo (PSD) afirmou que o tema não deveria sequer estar sendo apreciado pelo Supremo. “Enquanto vida eu tiver, questionarei tamanho absurdo. É beirar a insensatez completa despenalizar todo e qualquer tipo de porte de maconha”, disse.

“Nós todos sabemos das consequências físicas psicológicas do uso de drogas. O usuário vai perdendo a memória e capacidade cognitiva, então imaginem um profissional de saúde realizando uma cirurgia sob efeito de maconha? Um profissional da construção? Se coloquem no lugar dos pais que lutam diariamente pela recuperação de seus filhos viciados. Das famílias que estão sendo destruídas por entes viciados” – (Fernando Hugo)

Carmelo Neto (PL) se disse revoltado com o debate do tema no Supremo Tribunal Federal, que segundo ele, estaria “legislando mais que qualquer Casa legislativa desse País e tratando de forma vergonhosa esse assunto”. Para Sargento Reginauro (UB) experiência semelhante foi adotada na Suécia e não foi exitosa. “Algum magistrado realmente acredita que se comprará maconha com nota fiscal nesse País? O traficante não vai pagar imposto. Ou seja, é um atentado contra nossas famílias”.

Pastor de igreja evangélica, o deputado Alcides Fernandes (PL) relatou sua experiência enquanto líder religioso ao lidar com famílias que sofrem com usuários de drogas. “São 31 anos trabalhando na igreja e vendo pessoas se libertando das drogas após chegarem ao fundo do poço, muitas vezes protagonizando episódios de violência. Sinceramente, o STF deveria estar empenhado em criar mais clínicas de recuperação e não a liberação das drogas. Depois que Lula assumiu a nação, parece que as portas do inferno foram abertas”, afirmou.

Também evangélico, Antônio Henrique (PDT) discordou da pauta e destacou que a juventude brasileira precisa ser cada vez mais protegida. “Tudo se inicia numa brincadeira e depois sabemos o que acontece. Não é momento para se liberar algo assim no País. Temos que nos empenhar em proteger nossa juventude”, apontou.