Em maio deste ano, a plataforma levantou uma campanha contra o PL das Fake News. Na página principal de pesquisa um link direcionava críticas à proposta. Foto: Reprodução/ Print

O Google pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento do inquérito policial que investiga a empresa por suposto abuso de poder econômico.

A apuração busca confirmar se a big tech tem promovido campanhas para influenciar a sociedade sobre o Projeto de Lei (PL) 2.630/2020, conhecido como PL das Fake News, que pretende criar regras de transparência na internet.

Na petição, a empresa sustenta que nos últimos anos desenvolveu uma série de novas medidas para combater a desinformação no ambiente de publicidade, e implementou políticas contra declarações não confiáveis durante o processo eleitoral.

“Somente em 2022, em razão dessas políticas, a PETICIONÁRIA bloqueou e removeu mais de 51,2 milhões de anúncios por conteúdo inadequado, incluindo discurso de ódio, violência e declarações prejudiciais sobre saúde, além de 20,6 milhões de anúncios de produtos e serviços perigosos, incluindo armas e explosivos”, diz trecho da petição, assinada pelos advogados Pierpaolo Bottini e Aldo Romani Netto.

Em maio, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a abertura do inquérito em resposta a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), em função das manifestações de big techs sobre o Projeto de Lei das Fake News. A PGR, por sua vez, foi provocada pelo presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL).

 

A decisão de Alexandre citou um texto do Google intitulado “O PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade e mentira no Brasil”. Já o Telegram disparou aos usuários uma mensagem afirmando que o PL ameaça a “liberdade de expressão“.

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Fonte: ConJur