O senador comandará o PDT do Ceará até o fim do ano, durante licença de André Figueiredo. Foto: Agência Senado

Presidente estadual do PDT, em exercício, pelos próximos quatro meses, o senador Cid Gomes afirmou que deve manter diálogo, em busca de aliança, com os principais partidos do campo ideológico do PDT, como PSB e PT, mas também deve incluir outras agremiações aliadas, como PSD, PP, Podemos, Republicanos, Cidadania e o PSDB. O dirigente destacou a necessidade de maior atenção em todos os municípios em que a sigla pedetista tem representação partidária, com foco nas áreas em que deve apresentar candidaturas a prefeito em 2024.

Cid não terá nenhuma interferência em Fortaleza, onde o partido tem um diretório e este é quem cuidará dos entendimentos para a escolha do candidato a prefeito e também das alianças para o pleito do próximo ano. Segundo ainda o entendimento para que o deputado André Figueiredo tirasse licença da presidência do diretório estadual, Cid Gomes não terá espaço para mudar o comportamento do partido em relação ao Governo do Estado. Os deputados do PDT que já emprestam apoio ao Governo Elmano, continuarão livres, do mesmo modo ficarão os três deputados que fazem oposição  ao governo estadual (Antonio Henrique,, Cláudio Pinho e Queiroz).

Ainda para assumir interinamente a presidência do diretório estadual do PDT, zté o mês de dezembro próximo,  se André não resolver voltar antes, Cid Gomes comprometeu-se em apoiar a a reeleição de André Figueiredo, no mesmo mês de dezembro próximo. O próximo mandato de André Figueiredo na presidência do PDT cearense, será de quatro anos.

Sobre o imbróglio envolvendo as principais lideranças do PDT, Cid, cuja entrevista foi ao lado de André, no início da tarde de hoje na Assembleia, onde ambos chegaram juntos, logo depois do meio dia, para falar com o pessoal de imprensa que ainda estava lá. Nenhum deputado esperava os dois (Cid e André), destacou que a convivência interna sempre foi pacífica e diplomática, mas recentemente visões diferentes do partido foram percebidas, o que em sua avaliação é natural da democracia. Segundo disse, o momento é de tranquilizar os filiados, principalmente aqueles que vão participar do processo eleitoral.

Atualmente o PDT possui 60 prefeitos, e conforme informou o senador, boa parte deles pretende se lançar para a disputa à reeleição. No entanto, há lideranças locais que também estão de olho na disputa eleitoral de 2024 e as direções municipais não podem ficar por si, para resolver as demandas de forma isolada.

“O que é importante é que a gente faça, primeiro em nível nacional, um entendimento de que partidos são mais alinhados com nosso campo ideológico, como o PSB, PDT e PT e buscar acordos, com a maior frequência de registro de alianças nos municípios brasileiros e foco principal nas capitais”, disse.

Aliados

No que diz respeito ao campo estadual,  Cid defendeu ser necessário diálogo entre aliados, mas também com partidos de outros campos ideológicos e que têm alinhamentos locais com nomes do PDT, como o PSD de Domingos Filho, o PP de Zezinho Albuquerque, o Podemos de Bismarck Maia, o Republicanos de Chiquinho Feitosa, além do Cidadania de Alexandre Pereira e o PSDB, atualmente presidido pelo vice-prefeito de Fortaleza Élcio Batista.

“Vamos procurar conversar com todos e buscar um entendimento para que a gente possa consensuar o arco de aliança, compreendendo que é diverso. Feito esse esforço, o diretório tem que ser renovado em dezembro e esse diretório e meu compromisso com o André (Figueiredo). Não estou atrás de cargos, me comprometo de apoiá-lo para reconduzir o partido a partir de 2024”, apontou Cid Gomes.