Baquit é um dos principais defensores da tese de Cid Gomes na presidência do PDT. Foto: Miguel Martins

O imbróglio interno envolvendo o PDT do Ceará voltou a ser tema de debate na tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (28). O deputado Osmar Baquit (PDT) voltou a defender o nome do senador Cid Gomes (PDT) para presidir a legenda no lugar do atual dirigente, o deputado federal André Figueiredo.

De acordo com Baquit, em reunião de membros do diretório estadual, realizada na segunda-feira passada, os presentes sinalizaram interesse na convocação de uma assembleia cujo objetivo seria uma resolução sobre os rumos do partido. Esse grupo convocou a reunião partidária para o início de julho, na sede da agremiação.

Para o pedetista, o senador Cid Gomes foi o responsável por construir e fortalecer o partido no Ceará e ele seria a principal força política para conduzir o partido pelos próximos anos. O presidente nacional da sigla pedetista, o ministro Carlos Lupi, quer discutir os rumos da legenda com o governador Elmano de Freitas e com o ministro Camilo Santana.

“Foi o senador Cid Gomes quem construiu esse grande partido no Ceará e precisamos dele nessa condução”, disse Baquit. “Nós vamos até os limites da democracia interna e da lei eleitoral. O PDT se sente representado na figura do senador Cid Gomes”, reforçou.

Líder do PT na Casa, o deputado De Assis Diniz ressaltou que é da natureza da política partidária permitir diferentes composições internas em torno de ideias e pessoas, enfatizando que admira e respeita a liderança do senador Cid Gomes no Estado. Com essa fala, o petista sinaliza um desejo da direção do Partido dos Trabalhadores, que tem alinhamento com o grupo político liderado por Cid.

“Enquanto não houver uma decisão interna, eu acredito que em todas as agremiações é válida a apresentação de ideias. A aliança entre PT e PDT foi fundamental no Ceará e se quebrou por circunstâncias, por construções internas do PDT”, apontou De Assis.