Entre ministros do STF e outras autoridades, Rosa Weber discursa na solenidade de lançamento do Anuário da Justiça Brasil 2023. Foto: Reprodução/ ConJur

Para a ministra Rosa Weber, o lançamento do Anuário da Justiça Brasil 2023, na sede renovada do Supremo Tribunal Federal (STF) após os ataques de 8 de janeiro, permite que sociedade reflita sobre o sistema de Justiça brasileiro e o caminho que deseja que seja trilhado.

A presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) discursou na noite da última quarta-feira (10), em evento realizado no Salão Branco do tribunal, em Brasília, e exaltou a radiografia do Judiciário que a publicação propõe, ora como repositório de informações objetivas, ora como registro do estado da arte do ano focado.

Em seu discurso, Rosa relembrou não apenas os acontecimentos antidemocráticos do início de 2023, mas também outros marcos importantes para o Judiciário brasileiro. Ela fez referência, por exemplo, ao aniversário de 80 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como exemplo evocado do passado para ressignificar o presente.

“O lançamento do Anuário da Justiça 2023, tão cheio de conexões e significados nesses primeiros meses, oportuniza a reflexão contextualizada sobre o sistema de Justiça de longo prazo, escolhas que fazemos dos rumos que almejamos trilhar na perspectiva ampla e enriquecida que só a visão panorâmica pode proporcionar”, afirmou.

Luta pela democracia

Diretor do Anuário da JustiçaMaurício Cardoso destacou que, em 17 edições, essa é a primeira vez que a capa da publicação traz a imagem de uma pessoa — da própria Rosa Weber — e justificou: “O abraço da ministra nas duas crianças indígenas representa o enlace da Justiça ao Brasil mais digno e mais nobre, diferenças à parte, que se uniu no 8 de janeiro para emergir das trevas que ameaçavam a própria civilização.”

Exaltou, ainda, os esforços capitaneados pelo STF e, especialmente, pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em manter a democracia brasileira inabalada, inclusive com o inquérito das fake news. “A luta continua, e os fatos de 8 de janeiro confirmaram o acerto da guerra ao obscurantismo lançada com a instauração desse e de outros inquéritos similares.”

Presidente em exercício da Câmara dos Deputados, o deputado federal Marcos Pereira (Republicanos-SP) lembrou que o Anuário da Justiça foi inspiração para sua dissertação de mestrado em Direito Constitucional, por conta do ranking de inconstitucionalidade publicado em cada edição. “Como legislador no segundo mandato, me indagava por que o legislador brasileiro cria tantas leis inconstitucionais. Quais são as causas e efeitos? O resultado dessa pesquisa está no repositório do IDP”, citou o parlamentar.

Celita Procópio, presidente do Conselho de Curadores da FAAP, patrocinadora do Anuário da Justiça Brasil, classificou a iniciativa como um exemplo flagrante da cooperação entre o público e o privado, de modo a incentivar a responsabilidade social partilhada em um mundo moderno.

Compareceram ao evento cerca de 300 pessoas, entre ministros das cortes superiores, autoridades em geral, advogados e operadores do Direito.

Anunciaram nesta edição
Apoio
FAAP – Fundação Armando Alvares Penteado
Anunciantes
Advocacia Fernanda Hernandez
Arruda Alvim & Thereza Alvim Advocacia e Consultoria Jurídica
Ayres Britto Consultoria Jurídica e Advocacia
Basilio Advogados
Bottini & Tamasauskas Advogados
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
D’Urso & Borges Advogados Associados
David Rechulski Advogados
Dias de Souza Advogados
Erik Pereira Advogados
Feldens Advogados
Fontes Tarso Ribeiro Advogados
Fux Advogados
Gomes Coelho & Bordin Sociedades de Advogados
Gustavo Uchôa Advogados
Heleno Torres Advogados
Hesketh Advogados
JBS S.A.
Leite, Tosto e Barros Advogados
Lima Gonçalves, Jambor, Rotenberg & Silveira Bueno – Advogados
Machado Meyer Advogados
Marcus Vinicius Furtado Coêlho Advocacia
Mendes, Nagib & Luciano Fuck Advogados Milaré Advogados
Moraes Pitombo Advogados
Nelio Machado Advogados
Nepomuceno Soares Advogados
Nery Sociedade de Advogados
Pardo Advogados & Associados
Prevent Senior
Sergio Bermudes Advogados
SOB – Sacramone, Orleans e Bragança Advogados
Tavares & Krasovic Advogados
Thomaz Bastos, Waisberg, Kurzweil Advogados
Tojal Renault Advogados
Walter Moura Advogados Associados
Warde Advogados

Fonte: ConJur