O médico Leonardo José Macedo de Alcântara. Foto: Reprodução/ Senado Federal

Afora os momentos reveladores de suas indiossincrasias, que o iguala aos demais medíocres senadores cearenses (Cid Gomes e Augusta Brito), o senador Eduardo Girão em alguns instantes questiona temas importantes da administração pública estadual que os deputados estaduais, por subserviência, ou ignorância sobre o que é ser legislador por não enfrentar, com objetividade, seriedade e coragem. Girão já levou ao cenário nacional a questão da má prestação de serviços da Coelce e, na última sexta-feira (5), a grave crise na saúde pública.

O senador Eduardo Girão requereu, e depois do concordo dos senadores Cid Gomes e Augusta Brito, segundo relato público do senador Paulo Paim, representante do Estado do Rio Grande do Sul e presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participava, a comissão aprovou o pleito do representante cearense e a audiência pública da sexta-feira (5). De princípio, apesar dos convites feitos a várias pessoas do Estado, a sessão da comissão parecia se tornar um momento de manifestação de apenas dos opositores do Governo Elmano de Freitas. O plenário da comissão estava parcialmente esvaziado.

Mas só foi o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará, Leonardo José Macedo Alcântara falar, apresentando um libelo ao Governo do Estado do Ceará e à Prefeitura de Fortaleza, surgiram os defensores de ambos. Nenhum porém, contestou as acusações do médico sindicalistas, fizeram apenas discursos políticos de louvação às duas administrações, chegando, ao máximo de reconhecer a existência de dificuldades para o setor de saúde atender melhor aos cearenses e em especial ao fortalezense. Mas a novidade foi a aparição da secretária de Saúde do Ceará, senhora Tânia Mara Silva Coêlho, que vive enclausurada e, sequer, atende convite de deputados da comissão de Saúde da Assembleia, para falar sobre a atuação da sua Pasta, nos quatro meses deste ano.

O  presidente do  Sindicato dos Médicos do Ceará disse coisas gravíssimas: tem criança entrando em hospital público para morrer em três dias, por falta de atendimento médico e de equipamentos hospitalares, e que o Estado e o Município atrasam os pagamentos dos médicos. Chegou a dizer  que alguns dos profissionais médicos que trabalham para para a Prefeitura de Fortaleza e o Governo do Estado, até o fim do mês passado ainda, não haviam recebido seus salários dos meses de janeiro, fevereiro, março e abril, pois a última remuneração recebida foi no mês de dezembro de 2022. E mais, todos os serviços de saúde no Ceará são terceirizados e até “quarteirizados”. E por essas razões, disse ele, muitos médicos não querem trabalhar para o serviço público no Ceará.

Não vamos comentar as acusações feitas pelos deputados estaduais da oposição: Carmelo Neto e Sargento Reginauro, para também dispensar o leitor deste Blogo e comentar as asneiras ditas pelos deputados governistas Romeu Aldiqueri e Diassis Diniz. É pena que a situação grave que experimenta o Estado, também no setor da saúde pública, tenha que primeiro ser discutido num espaço fora dos limites do Estado, exatamente pela inação da maioria dos deputados estaduais e a petulança dos que comandam a saúde no Ceará.

 

 

 

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