A vereadora Adriana Nossa Cara (PSOL) defendeu que o assunto seja tratado de forma mais adequada, evitando o que ela chamou de “soluções imediatistas”. Foto: CMFor

Os recentes ataques ocorridos em escolas no Sul e Sudeste do Brasil, mais especificamente o que ocorreu no Município de Blumenau, em Santa Catarina, têm gerado apreensão de vereadores de Fortaleza que querem medidas mais concretas para evitar que casos semelhantes ocorram na Capital cearense. Os parlamentares sugeriram realização de audiência pública e criação de grupo de discussão entre variadas comissões temáticas da Casa.

A vereadora Adriana Nossa Cara (PSOL) defendeu que o assunto seja tratado de forma mais adequada, evitando o que ela chamou de “soluções imediatistas”, que não encaram, de fato, a raíz do problema. Em sua avaliação, somente com um diálogo amplo, envolvendo diversos segmentos da sociedade, especialistas da educação, segurança e saúde, pode apontar caminhos a curto, médio e longo prazos para enfrentar a violência nas escolas.

“Propomos a criação de um grupo de trabalho de representantes do Governo Estadual, municipal, professores e estudantes para construir estratégias de prevenção nas escolas do Município e Estado”, disse. O vereador Paulo Martins (PDT) propôs a realização de uma audiência pública para discutir o tema com os mais variados atores interessados no assunto.

“Esse é um tema que nos preocupa bastante. A gente tem visto os pais e alunos, tanto de escolas privadas quanto públicas, receosos com essa ocorrência em Blumenau e como vai ser daqui para frente. Acredito que a Segurnaça tem que se unir, assim como o sistema de saúde”, disse Martins.

A discussão também foi levantada na comissão de Educação da Câmara Municipal de Fortaleza. Segundo informou o vereador Luciano Girão (PP), o colegiado decidiu que entrará em contato com os demais colegiados da Casa para realizar um trabalho em conjunto.

“Tenho certeza de que a Câmara não vai medir esforços para fazer a parte dela”, destacou Girão. Ele defendeu, ainda,  que a Prefeitura de Fortaleza implante, de imediato, na rede pública de ensino, assistentes sociais e psicólogos para atuar junto às escolas e familiares dos alunos.

“A gente fez requerimento para cobrar às secretarias de Educação e de Segurança Cidadão para ser implementado o sistema de videomonitoramento nas escolas de Fortaleza. A secretária Dalia Saldanha disse que está em estudo, mas é importante que isso aconteça para trazer segurança a nossas crianças e jovens”, defendeu Pedro Matos (PL).