Casa dos ventos, empresa nacional do cearense Mário Araripe, hoje um dos maiores produtores de energia renovável no Brasil, tem grandes investimentos no Rio Grande do Norte e na Bahia. Foto: Reprodução

Os cearenses, principalmente os da área de governo e até empresarial para ser agradável ao governo, mesmo que estejam todos enganando a nossa população, falam, aparentando tanta convicção, em investimentos em energia renovável, tendo agora como moda  o hidrogênio verde. Pois bem, o Piauí, a Bahia e o Rio Grande do Norte estão bem mais avançados que o Ceará na produção de energias renováveis.

No Piauí, o maior investimento é da Enel, como afirmam as informações oficiais: “a Enel Green Power, subsidiária brasileira de energia renovável do grupo Enel, iniciou a operação comercial do parque eólico lagoa dos ventos, o maior do tipo na américa do sul e o maior da empresa italiana no mundo. A unidade de 716 mw está localizada nos municípios de lagoa do barro do Piauí, queimada nova e Dom Inocêncio, todos no estado do Piauí. Segundo a empresa, a obra teve um investimento de cerca de R$ 3 bilhões”.

Por outro lado, notícia de hoje no site do BNDES  dá conta de “financiamento dos parques eólicos ventos de São Januário 16, ventos de são Januário 17, ventos de são Januário 18 e ventos de são Januário 19 localizados nos municípios baianos de Várzea Nova e Morro do Chapéu. A participação do BNDES de R$ 690 milhões, parte no âmbito do programa BNDES finem, na modalidade Project Finance e parte no programa BNDES debêntures em ofertas públicas, foi concedida a quatro sociedades de propósitos específicos controladas pela casa dos ventos e contemplará também investimentos nos sistemas de transmissão associados. Somadas, as capacidades instaladas dos quatro parques eólicos, de 288 megawatts, equivalem ao suficiente para atender cerca de 744 mil residências”.

No site da Casa dos Ventos, empresa nacional do cearense Mário Araripe, hoje um dos maiores produtores de energia renovável no Brasil, tem uma informação dizendo que “até 2023, concluiremos o complexo eólico Rio do Vento, um dos maiores do mundo, localizado no coração do Rio Grande do Norte. Essa energia dos ventos do nordeste amplia ainda mais a matriz elétrica renovável do Brasil e já está transformando a realidade local”.

Ao todo, Rio do Vento terá 1.038 mw de potência instalada, dos quais 504 mw já estão em operação – energia limpa, renovável e competitiva que já faz parte da transição energética de nossos parceiros dos mais diversos setores, que contam com a casa dos ventos para investir cada vez mais na sustentabilidade e no futuro do nosso planeta. O complexo está sendo implementado em duas fases no Rio Grande do Norte: a primeira, já em operação desde o final de 2021, conta com 120 aerogeradores e tem capacidade de 504 mw; a segunda etapa entrará em operação em 2023, com mais 120 aerogeradores capazes de gerar 534 mw.

E qual é o investimento da empresa Casa dos Ventos do cearense Mário Araripe, no Ceará? E se tem, por que o Ceará não é também um dos maiores produtores de energia eólica como são o Piauí, o Rio Grande do norte e a Bahia?

Mário Araripe sempre teve grandes investimentos no Estado do Ceará, começando com a Construtora Colmeia, com indústria de ponta produzindo fios para exportação e o mercado interno e com a empresa Troller, produtora de veículos, posteriormente vendida à Ford.