Argumentos de Dra. Silvana foram idênticos aos defendidos por bolsonaristas em outras casas legislativas. Foto: ALCE
Após imagens mostrando o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Gonçalves Dias, próximo a manifestantes dentro do Palácio do Planalto, no dia dos ataques terroristas do dia 8 de janeiro, em Brasília, o tema tomou conta de parte dos debates na Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira (20). Bolsonarista, a deputada Dra. Silvana (PL) foi à tribuna da Casa e acusou a “esquerda” de ter orquestrado a depredação de prédios dos Três Poderes.
Ela defende a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso Nacional para investigar o tema, destacando que seu marido, o deputado federal Dr. Jaziel (PL) assinou o pedido de instalação do colegiado, proposto pelo também cearense André Fernandes (PL).
“As imagens falam por si. Estavam ele e sua equipe no momento da invasão, de boné, escondidos, fazendo de conta que não estavam lá. Conservador não depreda patrimônio público. Os patriotas que estavam ali foram influenciados pela militância esquerdista”,justificou.
Dra. Silvana cobrou do Supremo Tribunal Federal a prisão do general Gonçalves Dias, da mesma forma como aconteceu com o ex-ministro da Justiça do Governo Bolsonaro, Anderson Torres, acusado de omissão durante os atos de 8 de janeiro. Aliás, essa comparação dos dois ex-gestores foi feita por bolsonaristas na Câmara Federal, Assembleia Legislativa e até na Câmara Municipal de Fortaleza.
Presos
O deputado Felipe Mota (PL) lembrou que Danilo Forte (União) e André Fernandes cobraram a apuração e responsabilização dos fatos. Segundo o parlamentar, uma nova discussão se inicia quanto aqueles que foram presos após os atentados do dia 8 de janeiro. “São baderneiros ou presos políticos? É uma discussão que vai render nesse momento em que precisávamos de paz para debater a reforma tributária que segue”.
Sargento Reginauro (UB) também aponta os bolsonaristas que invadiram a sede dos Três Poderes como injustiçados, acusados de um crime, que, segundo sua narrativa, foi “orquestrado pela esquerda”. Oscar Rodrigues (UB) corroborou com os colegas e disse que manifestantes foram influenciados pela esquerda com o fim de acusar aqueles que não queriam o retorno de Lula à Presidência.
